Yoga - Mais uma experiência?
Quem me segue há algum tempo sabe que pratiquei Yoga no Porto, e que estava a ajudar-me imenso com a mobilidade e euilíbrio que me faltam, devido à minha deficiência.
Quem me lê, com alguma atenção, sabe que, especialmente de há 2 anos para cá, o meu corpo entrou um pouco em "declínio", muitas quedas, muitas dores, muitas nódoas negras... e que, por isso, já fui procurando estúdios de Yoga, em Lisboa, para tentar recuperar um pouco o "meu corpo de volta".
Há uns meses tive uma experiência péssima no Centro Iyengar de Lisboa, onde supostamente trabalha o guru "da cena". Foi o momento mais fisicamente humilhante do último ano - e olhem que eu passo por muita coisa! Fui descriminada, paternalizada, afastada do resto da turma e no final, como se não bastasse, tentaram esmifrar-me o triplo do dinheiro que pedem por uma aula (privada) com uma pessoa "normal", porque e citando:
você não é normal, você não pode fazer aulas com as outras pessoas. Pague estas aulas especiais e talvez, talvez... daqui a uns meses a possamos integrar em dinâmicas de grupo, devagarinho, para não afetar os outros alunos
Decidi, que durante uns tempos não voltava a pensar no assunto.
Comecei as minhas caminhadas/corridas, mantive-me fiel à reeducação alimentar. Mas a verdade é que os meus músculos e tendões necessitam de uma ajuda e cuidado que este tipo de exercício "amador" não atinge... há duas semanas voltei a ter quedas recorrentes e tenho várias "medalhas de mérito"
Entretanto falaram-me da Marina. E da aula especial de Natal.
Publicitei-a na página de Faicibuqui aqui do cantinho, porque tenho boas referências, de uma colega de trabalho, mas, confesso, não fazia intenções de ir, participar. Estou demasiado queimada de tanto yogini parvo em Lisboa.
A verdade é que a Marina convenceu-me a ir. Exatamente para me mostrar que nem todos são iguais. Que ela não vai pela abordagem da "moda". Mas para tal acontecer, trocamos muuuuuuuuitas mensagens, acreditem. Com euzinha a tentar "fugir com o rabo à seringa".
Chegou 3ª feira, eu refiz a minha mochila do yoga, saí a horas do trabalho e mal dei por mim estava no local.
Fui recebida com um abraço, um sorriso enorme, alegria por me ver, sem nunca antes me ter visto.
A aula (1.15h de aula!) correu calmamente, sem se dar conta. Fiz uns 55% das posições das "outras pessoas", no tempo restante tentei fazer o mais semelhante, sem me magoar ou puxar demasiado pelo corpo, porque no dia seguinte ia trabalhar.
Foi bom voltar a sentir alguns músculos, mas sei que algumas coisas não estavam a ser bem feitas (por mim) ou estaria com mais dores
No final conversamos um pouco. Vi na Marina alguns traços que a minha professora do Porto tinha.
E assim, a Marina conseguiu provar-me o seu ponto: que nem TODOS os yoginis de Lisboa são parvalhões!
Estamos a alinhavar uns detalhes sobre as minhas necessidades... e quem saiba o Yoga não volte a ser parte da minha vida em 2017...
Aaah e houve doces - sim, a Marina "não é de confiar", dá doces aos meninos para que gostemos mais dela