Retirem-me o "título".
Ontem o Spotify trouxe-me, a pensar que me ia matar as saudades de "Casa", o Porto Sentido, de Rui Veloso.
E eu, ao contrário do que faria nos idos de 2009, sorri.
Eu, Portuense, com "letra grande", orgulhosa das minhas raízes, de gema, de alma e de coração; que até simpatiza com o Rui (mas que já não lhe liga tanto como antes)... eu, m-M Maria, nascida em Miragaia, não posso com esta música.
Convenhamos, mesmo quando estava no Porto e sonhava de lá sair (eu e os meus sonhos!), sempre achei esta música overated. Que não nos representa a todos, que ser Porto, sentir Porto é tão mais. É sangue, é sotaque, é sítios, é família. É "menina" seja com que idade for. É comida com sabor.
Não são meia-dúzia de palavras giras numa melodia delico-doce.
Pior ficaram, para mim, quando, em 2009, o meu ex-loiro, alto e dinamarquês, Lisboeta, achou que dedicar-me a canção, cantada num karaoke a 300 kms, já com um copo a mais, no bucho, é que era romântico. Ei lá, "A comichão" que me passou a fazer!
Bem, ao menos, já sorrio à música, mesmo achando que não me representa, nem me faz "sentir nada".
Retirem-me o "título", vai-se a ver e estou a perder o Portuense-anismo.