Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Ter | 06.01.15

Natal na Ámádorah - Pt.I

Que foi estranho, foi.

Não acordar com a casa a cheirar a rabanadas feitas pela minha mãe. Não ver o meu pai na cozinha a arranjar as couves e as batatas. Não ver o meu afilhado de volta dos presentes debaixo da Árvore (btw, disse-me ele todo lampeiro: Oh di, eu já sei que são os Pais que compram os presentes. Querias que eu ainda acreditasse no Pai Natal? Pois é, o meu 1/4 de coração já vai fazer 10 anos...). E morri de saudades! Dos telefonemas aos amigos, de jogar Uno. Dos 7 à volta da mesa a comer o bacalhau que melhor sabe no ano todo.

Este ano acordei euzinha para fazer os doces de Natal. Os salgados fritos de Natal, para separar as prendas e os saquinhos de frutos secos.

Fiz o meu melhor para não deixar o meu coração "voar para o Porto". Falei com a minha família de manhã e à noite, "só".

Passei o dia com as 3 mulheres da vida do m-R (a mãe, a avó e a tia-avó), vi-o voltar a querer viver o Natal, depois da morte do avô dele. Adoraram a minha mousse. Eu fiquei viciada em argolinhas de limão!

Recebi poucas prendinhas mas boas: um casaco que tinha amado na New Yorker, da Sogrinha; um conjunto de prato de bolo da Loja do Gato Preto, da tia-avó. Uma nova necessaire para a mala do dia a dia e miminhos da Yves Rocher, da avó. E claro esta pérola, e um cartão lindo do m-R.

Presenteamos os quadrixanos. Ficou apenas a faltar entregar a lembrancinha à JB - achas que te safas de vir cá a casa jantar, é?

Fui incluída numa nova família, sem dúvida! Com muito carinho, com muito cuidado para me sentir o melhor possível.

Tenho encontrado na sogrinha um apoio. Ajuda sem se intrometer, compreende que não é a minha mãe, mas oferece-se para "quando eu preciso de falar, porque é normal que eu sinta saudades", porque "sabe lá Deus o quanto a tua mãe sente a tua falta".

A avó e a tia-avó acham-me a rapariga mais inteligente que já lá entrou em casa (só porque consigo ler, ouvir tv e conversar com as 3 ao mesmo tempo...).

O m-R está feliz.

Eu sobrevivi e vivi o Natal na Ámádorah.