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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Ter | 23.02.16

Enquanto houver estrada para andar...

"a gente vai continuar".

 

Queridas N. e J.,

 

Esta é quase que uma carta "corrida" para vocês.

Informo que este domingo bati o pé.

Pus para correr e comecei o processo de afastamento da pessoa tóxica que tantos minutos de dúvida e mal-estar me trouxe nos últimos meses.

 

Doeu perceber tudo.

Ainda doi. Sinto-me uma adolescente crente, usada e manipulada.

E fui, só que sem a parte de ser adolescente.

 

Mas olhei para dentro (com ajuda), analisei o pesadelo.

E decidi, que da minha parte, não há mais "alimento".

Confesso-vos que morro um bocado de medo, que a pessoa tóxica se tente aproximar, que venha cobrar, que não pare a manipulação.

Mas sei que a cada respiração mais funda, o mando mais para longe de mim.

 

Agora é só conseguir chegar à fase em que deixo de ter medo do toque das SMS no telemóvel.

É só chegar à parte em que a amizade magoada passa a memória não esquecida.

 

Obrigada por estarem desse lado.

Por me mostrarem que, às vezes (quase sempre!) o mundo não é perfeito, nem cor-de-rosa e as pessoas não são todas genuinamente boas.

E que não é sinal de fraqueza deixar ir. Largar. Atirar para longe.

É um sinal de força, de preservação.

 

Obrigada por fortalecerem a minha "rede".

 (Esta frase fez-me lembrar de vocêses, minhas gaijas!)

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