Do sono e dos sonhos
Afinal, tenho lidado melhor com o corte da medicação noturna do que esperava.
A verdade é que, neste momento, sem seguro de saúde, não consigo sustentar as consultas no neurologista. Então? Então tenho mantido toda a minha medicação para as crises epiléticas, menos o medicamento noturno para dormir e diminuir probabilidade de crises, porque não temos como sustentar as consultas, os exames E a medicação - vocês têm noção do quão caros são os medicamentos para doenças crónicas, em Portugal? Só vos digo, até doem!
Estou há perto de 2 meses (na altura até falei no assunto e nos meus medos, aqui no blogue) sem tomar os "apoiantes" do sono. Tenho noites em que, realmente, me é mais difícil adormecer. Tenho noites muito mais mexidas (diz-me o m-R). Tenho-me sentido mais cansada (e consequentemente tenho caído mais). Mas, por outro lado consegui voltar a lembrar-me com o que sonho.
Eu gosto de sonhar quando durmo. Normalmente, não tenho pesadelos. Normalmente consigo ver, estar com pessoas de quem tenho enormes saudades.
Nestas últimas duas semanas, sonhei duas vezes que estava de férias!
Com o m-R, com a MC e com o EVO.
Vocês imaginam a alegrai que é sonhar com os nossos melhores amigos? Especialmente quando eles estão fisicamente longe?
Nessas manhãs tenho acordado a sorrir, com o coração quentinho, com a sensação de que estive mesmo com eles! Quase consegui sentir os beijinhos e os abraços, ouvi as vozes deles.
E as preocupações, os medos a realidade não me seguiram para "lá".
Há uma (de mil!) frase batida que diz que os amigos nunca estão longe, quando são verdadeiros. Pois eu, ainda acrescento: os amigos de quem o coração tem saudades, estão à distância de um sonho.