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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Qui | 12.07.18

Chibatem-me, mas aqui, vive-se a vida real

Ando a desleixar-me de novo.

 

Tudo começou com uma desilusão, mais uma, "amigosa", há cerca de um mês. Uma amizade que me motivava muito.

Seguida de mal-estar físico meu: tonturas, dores de estômago, tensões baixas e coladas. Madrid mascarou isso. Tive duas semanas de "férias" ou seja regresso ao normal físico. Mas, esta semana voltou tudo. E, se há dois meses, consegui power through, e mantive a minha vidinha (sei lá como porque sentia-me uma bêbeda drogada com as tonturas); desta vez, estou-me a sentir incapacitada. A noite passada dormi 4 horas. Tonturas, tonturas mesmo com os olhos fechados e deitada às escuras. E dores de estômago, tendo comido ou não. Suores terríveis. Só penso na minha cama. Começo a ficar preocupada e não tenho coragem de o vocalizar aos meus. Medo, medo, sei lá do quê. Medo de ir ao médico saber, também.

Seguiu-se a iminente morte e o funeral de um familiar. Pior, esta foi o prelúdio de uma outra morte, muito mais chegada. Temos o relógio a contar, cá em casa. Data "marcada", preparativos burocráticos, planos fúnebres, discussões, muita cedência, muitas ocasiões seguidas que nos dizem: "é a última vez que...". - Bonito e muito pink blogger, eu sei. Por algum motivo, este assunto que faz parte das nossas vidas desde novembro passado não está a ser abordado aqui. Não abordo, mas penso, quase todos os dias.

Depois?

Depois tem sido o m-R fora, em trabalho, todos as semanas.

Eu constipada e afónica, a tentar fazer piadas sobre isso.

No último mês obriguei-me a ir ao ginásio. Os resultados continuam a ser bons, SEI que me faz falta em termos de mobilidade. Mas, se em maio e junho arrisquei fazer 1h de exercício, 3x por semana, enquanto era flagelada por tonturas e suores. Este mês não me sinto capaz. Esta semana não pus lá os pés. Culpei a constipação. Hoje os ataques de tosse até às 3 da manhã. Achei que conseguia retomar no sábado, mas até disso tenho medo.

E juntemos a isto a hipótese de vir a ficar sem o R., o meu PT que me fez aceitar e gostar deste ano de regresso ao exercício. É por ótimos motivos e estou verdadeiramente feliz por ele. Mas, estou em ansiedade por mim, em pânico de não encontrar outro profissional com quem "encaixe" como aconteceu com ele, sem eu o esperar.

E claro, já me vinguei na comida, e nos dias em que o m-R não esteve... ataquei nos hidratos e a culpa consome-me. 

 

Estou a sentir e a reconhecer o meu regresso à inércia. Ao só querer dormir. Ao não me apetecer cuidar de mim, seja da alimentação, do corpo ou da beleza. E só tenho medo, de voltar a onde não quero, de não saber o que é um dia sem tonturas e dores de estômago. De me enfiar tão em mim, que ninguém repara que estou amedrontada.

 

Percebem agora porque, às vezes, è mais fácil ter um blogue de reviews a produtos, de textos curtos e engraçados, de partilhas de músicas?

 

Porque assim, uma pessoa não se senta a pensar no medo que tem. O medo que acontece quando o Universo não nos reservou uma vida cor-de-rosa em que tudo cai do céu, "nos seus devidos lugares".

2 comentários

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    m-M 13.07.2018

    Acredita, isso é o que tento, todos os dias... :)
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