Chibatadas no lombo!
Estou de péssimo humor.
Estou com enxaquecas há 3 dias por causa da TDM.
Ontem tivemos que levar os quadrixanos ao Vet, chimpar nota preta e ver o B. a sofrer.
O jantar ficou mal feito - o m-R cozinha bem, mas não sabe cozinhar depressa e quis que eu tratasse da loiça. Lavei duas bancas de loiça, com água a escaldar e dores no corpo todo.
Abrimos as contas e todas, TODAS subiram, mesmo eu tendo super cuidado com os gastos.
Tratei das minhas tarefas, o m-R esqueceu-se das dele porque ainda queria acabar de ver a Keynote da Apple.
Adormeci e o m-R acordou-me em cima da hora. Tratei de tudo, cheia de dores de cabeça e ainda consegui sair de casa primeiro que ele, porque ele andou pela casa a fazer coisas que deviam estar feitas desde ontem.
Sinto-me cada vez mais estranha "aqui": no trabalho, em casa (o m-R volta a ir para fora dias daqui a duas semanas). Pouco independente e pareço uma ressabiada. Estou a deixar de conseguir "controlar" isso. E cada dia sinto menos que possa falar com o m-R sobre isso porque ele depois reage como se a minha infelicidade fosse culpa dele. E dou por mim a ter pensamentos horríveis.
Estou de péssimo humor. Vejo os outros viajar. Passar fins-de-semana fora (mesmo fora, não é ir ali "a cima visitar os pais"). Eu continuo com a Tese presa a um pé, porque falta imprimir e entregar à Faculdade. Sem poder fazer planos porque ele tem sempre coisas para fazer.
Este fim-de-semana não há cá descanso porque a banda tem concerto. Não só não descanso, como "perco" a 6ª e o Sábado a ajudá-lo, como fico com o Domingo limitado, porque ele vai precisar de descansar - e eu "fechada" em casa...
O concerto e a entrega da Tese vão adiar uma das decisões de que falei aqui - e à qual acabei por, de novo ceder, em prol das amizades e bom ambiente em torno do m-R.
E a seguir? Lá vai ele para fora uns dias este mês, e mais uma semana no próximo. E eu em "casa", no dia-a-dia que abomino, e que bem tento ocupar sem ele, com cafés e noites dedicadas à beleza, mas em que me sinto vazia e sem propósito.
Eu sinto-me cada dia mais "sozinha". A arrastar as tarefas que são fora de casa, a odiar o trabalho, para poder voltar para casa. Onde estou bem e estamos bem, se eu fizer vista grossa às tarefas ou ao que ficou falado fazer porque é preciso...
Estou de péssimo humor. E logo a noite é para ver máquinas de lavar loiça, ver anúncios, passar e arrumar roupa.
Ainda não são 11 da manhã e estou com uma enxaqueca e cansada como se tivesse passado um mês desde ontem.
Vá, chibatem-me no lombo, mas ainda não é hoje que respondo aos desafios.