Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Estou a acabar um livro de 600 e tal páginas, que pedi durante anos; de um autor de que gosto, na sua língua original.
Tido bonito e perfeito, fosse eu boa menina.
Mas não é que até gostando do livro, ficando interessada; em partes até tocada, dou por mim a pousar e a demorar dias para re-pegar?
Foram quase 2 meses nisto... se um livro que "sonhamos" não nos faz parar a vida, será que somos bons leitores?
E há dias em que penso: já vivi tão mais do que imaginava.
Agora percebo porque sofria nos 20's ao imaginar que nada ia acontecer da minha vida. Porque fugia para a frente, porque resiliência era o meu nome do meio.
E enquanto olho pela janela, percebo que foi isso que me levou "longe", a onde estou. Mesmo nos dias que parecem iguais aos de há 15 anos.
O destino é outro, a cabeça, sempre na sua "linha" abaixo, já não desespera, "só anseia". Pensa muito, ainda mais nos (...)
Mudamos o escritório/ estúdio de divisão.
Para termos ambos mais espaço. Eu para o trabalho e os livros, ele para a música e o laser.
A arrumar as prateleiras, encontrei a minha coleção de postais de aniversário. Tenho postais desde 1997 até ao ano que passou.
Foi de aquecer o coração ver as palavras, os desejos. Os marcos da vida.
O primeiro postal que o meu Guica me ofereceu, escrito pela minha irmã, quando ele tinha 5 meses; a celebrar os meus 20 anos e a primeira (...)
Aquela música será sempre a tua.
A que ouvia acreditando nos sentimentos que contávamos de madrugada.
A música que fala de princípios, de descobertas e de o que se acha ser Amar.
Tal como nós fomos, faz pelos menos 3 vidas, contando de cabeça.
De ti, passam-se meses de que nem me lembro.
Já a música é sempre bonita e faz-me sorrir.
E quando o nosso mundo já foi alguém? Mesmo, vivermos por e de acordo com outra pessoa.
E a vida, a mudança, a maturidade (ou falta dela) aconteceram.
E de tudo passa a nada.
A não sabermos da pessoa, a não nos lembrarmos.
A sentir leveza, liberdade.
Ficam as memórias, a quase-saudade.
A amizade pode doer, no final, se tivermos a coragem de ver que o que não é correto, positivo, construtivo... não deve ter lugar na nossa vida.
Muito menos na primeira fila.