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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Dom | 28.07.24

Estou na luta.

Estou desempregada pela primeira vez em 8 anos.

 

8 anos de muito trabalho, de grandes empresas, de me atirar ao trabalho para não lidar com luto. De ter um burnout.

Mesmo assim não parei, propriamente, procurei um novo emprego e continuei.

 

Quando achei que tinha atingido o pináculo, para o qual lutei, tiraram-me o tapete, rebaixaram-me e mandaram-me para o desemprego, fazendo-me sentir inútil.

 

Quem me rodeia pede-me para descansar, diz-me que tudo se vai resolver rápido; que eu sou fantástica e depressa volto ao ativo.

 

Vão 3 meses disto, inúmeras entrevistas, várias fases finais em que fui preterida por outra pessoa.

Estou cansada e desmoralizada, a sentir o relógio a tic-tac-ar, eu aqui... sem nada para apresentar de útil.

Queria tanto conseguir encontrar motivação nas formações, acreditar no que os outros dizem que eu sou.

 

Mas faz 3 meses que apenas repito: estou na luta, e sorrio, sem grande crença ou nada para acrescentar.

Qui | 18.07.24

O luto vem como ondas

Costumo dizer que para mim, cada ano de luto pela minha irmã tem um sentimento associado.

Este ano é a saudade.

E essa chega em ondas "tão simples" como ver um reels engraçado no Instagram, pensar: "olha fomos aqui/tivemos isto/ éramos assim nos anos 90", rir-me muito, mas não a ter do outro lado do telefone, para poder partilhar.

 

Luto não é só negrume e lágrimas. É A falta mesmo.

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