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Desde pequena sempre tive uma memória fantástica: detalhes, datas, pormenores. Dos locais, das pessoas, "daquele" click especial com esta ou aquela pessoa.
Logicamente o meu cérebro já não é o mesmo e já há pedacinhos que não estão tão vivos em mim, como antes.
Mas sou uma pessoa de memórias.
Falo com amor e emoção de dias de há décadas.
De pessoas que já não fazem parte da minha vida.
Daquela refeição.
Daquele vinho.
Daquele monumento.
Mesmo que se tenham passado 25 anos, 7 meses ou 4 dias.
Mesmo que elas ainda custem ou causem confusão.
Ou que me deixem feliz ou assombrada por "ter feito/ido/conseguido".
O engraçado é que, num mundo tão instantâneo, conheço pessoas que acham estranho e desnecessário viver ligada às memórias assim.
A minha primeira reação foi sentir-me mal, "parva", desconfortável, nessa conversa.
Entretanto, caiu-me a ficha: eu sou assim.
O que poderei trabalhar, se o cérebro e a tal da memória mo pedirem é aprender a deixar ir e normalizar.
Mas deixar de ser quem sou, na totalidade dos meus 38 anos? Não.
Saudades de uma petiscada sem ter que pensar no dia seuinte, na ansiedade, no se vou conseguir aproveitar o momento, estar no presente.
Não é pela comida ou pela bebida - se engorda. se é saudável...
É pelos calendários e pela ansiedade e depressão, mesmo.
Faz este mês 2 anos que estou em terapia regular.
Muitos, muito dias dou graças pelo meu caminho se ter cruzado com a Dr.ª C.
Começamos o contacto pela especialização em terapia de luto; mas com tudo o que tenho vivido nos últimos 2 anos, o nosso trabalho tem-se ramificado muito para fora "só" disso.
Sim, ela sabe que a minha mudança de personalidade e de visão da vida veio do impacto total que é perder a minha irmã.
O processo, o roubo, a dor, a saudade, o aprender a viver "efetivamente" agora como filha única, que nunca irei ser, porque a minha A. existe em mim, em todos nós.
2 anos.
2 anos tão difíceis, tão cheios, tão loucos, tão profundos, negros, muitos muitos dias.
Mas é interessante como o nosso trabalho juntas que tem feito mais do que olhar para mim e pensar muito - algo que sempre fiz - trabalhar em mim, no que está láaaaa no fundo; em como as peças do puzzle se vão encaixando e no que tenho aprendido para gerir, ou para tentar perceber sem entrar em espiral, quando não encaixam ou eu não percebo a imagem final.
Ainda mais interessante é trabalhar com alguém que não vai em modas, em expressões buzz, no que os colegas dizem.
As consultas, aquela hora, é nossa.
E sei que ali tenho uma aliada.
Não tornou a vida cor-de-rosa ou, sequer, fácil.
Mas muitos dias, ao menos, faz mais sentdo.
Viva o Instagram e os reels!
Não sou uma obcecada das marcas ou das modas, vocês sabem.
Quando o assunto são perfumes, tenho um para os dias de trabalho - habitualmente não de marca; e um para quando vou sair ou a "festas" (celebrações), esse sim de marca.
Tenho 2 perfumes da minha vida, de marca, mas que não uso faz anos, porque são caros.
Aleluia então pelo Instagram que me envia reels de "dupes" ou "equivalentes" baratos, graças a isso descobri os do Lidl, que se portam muito bem, são grandinhos e custam menos de €6. #pelintra4ever
São esses que tenho usado para o trabalho e cada embalagem duram cerca de 4 meses.
Já experimentaram? Têm algum favorito que me queiram indicar?