Casa
Casa é sempre casa, dizem.
E é.
Mas o que não te contam, quanto te desenraizas, é que Casa passa a ser o mundo, o caminho e o teto que tens; não só aquela, a primeira.
Ninguem te diz que voltar a Casa é sempre Amor, mas também é dor, desconforto, saudade, sensação de não-pertencer.
Tenho a sorte de ter poucos, mas de poder, a cada último dos regressos, ter mais e quem, com sorrisos e abraços, me coloque pensos-rápidos de carinho e amizade, no coração e no cérebro que, simultaneamente, estão felizes, mas doridos.
Casa é casa, mas nunca mais simples e completa. Cega e crente. Amor quente e Porto seguro.
Casa é casa; e dicotomia.