Quando a vontade passa…
Tenho pegada digital desde 2004.
Comecei nos fóruns internacionais. Detestava blogs.
Em 2008 dei a mão à palmatória e criei o meu primeiro blog.
Era bilíngue, muito pessoal. Graças a ele vivi momentos fantásticos e momentos terríveis. Fiz amizades que duram até hoje.
No dia em que deixei esse canto para trás, sabia que lá não ia voltar. Mas gosto muito de certos textos e alguns até os partilhei aqui.
Hoje cruzei-me com a conta de Instagram de uma pessoa que conheço dos blogs há uns bons 12 anos...
Fala da sua evolução, das suas certezas, de que é "assim e não assado", de que sabe muito bem do que gosta, apesar de dar "oportunidades" dentro do seu nicho.
Ando nisto há quase 16 anos... e digo-vos. Em certos casos, a certas personagens, não é a "evolução" que acontece, é a noção que a fama não vai acontecer.
Sim, porque neste caso, enquanto lhe interessou até cursos vendeu, e criou marcas e impingiu parcerias como quem precisava de pão para a boca.
Agora que a vida acalmou e é tão boa (ou melhor) sem a fama e o esforço, chega a "evolução" e as certezas...
Balelas! E sabem porque digo isso?
Porque cheguei exatamente a esse ponto em 2021. Escrevia quase tanto para parceiros, para obrigações, como para mim.
Perdi o gosto, percebi que o esforço e o mérito nunca chegariam para ser reconhecida como outros.
Percebi que nunca mentia mas também já não tinha um espaço só meu. E isso cansa.
Por isso "migas influencers"... deixem-se de tretas: estão cansadas ao fim de anos? Tenha a fama chegado ou não? Assumam.
Saiam, batam a porta, apanhem ar.
Mas não mudem de personagem a cada ano, por acharem que ISSO é que vai ser!
Quem está de fora... consegue ver.