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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Ter | 28.11.23

Receita - Banana Bread com nozes

Na semana passada partilhei no Instagram a "invenção do mês": pão de banana com nozes. E o pessoal que por lá passa pediu para partilhar a receita.

 

Como sabem, detesto desperdiçar comida, e no domingo de manhã apercebi-me de 3 bananas no frigorífico que já estavam "mais para lá do que para cá" em termos de madureza.

Vai daí, toca de ir ver às internets da vida, mas nenhuma receita me enchia as medidas, queria algo simples, fácil e sem maluqueiras nos ingredientes.

Li umas quatro receitas, "cortei e colei", olhei para o que tinha em casa: et voilá. 

A minha versão tem 100% farinha integral e só leva um ovo, dadas as minha intolerâncias alimentares:

Cá ficam os ingredientes por ordem de entrada na receita:

  • 2 chávenas de farinha integral
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • 1 pitada de canela
  • 5 nozes médias em pedaços
  • 1 colher de sobremesa de sal grosso > misturam os ingredientes secos e a seguir juntam
  • 1/2 chávena de óleo de coco
  • 3/4 de chávena de açúcar amarelo
  • 2 colheres de leite de soja sem açúcar
  • 1 ovo médio
  • 3 bananas - eu desfiz à mão de tão maduras que estavam

 

Misturei tudo "à mão", na mesma tigela, com colher de pau. Não bati muito para o pão ficar fofinho. A massa fica bem elástica e veem-se os pedaços da banana ("desaparecem" depois de cozinhado) e os pedaços de noz.

Fiz numa forma de bolo untada com margarina e farinha - porque sou póbri e não tenho forma de pão... 

Coze em forno baixo, 165ºC, durante 1h - mas façam o teste do palito, que esse, como dizem as avózinhas: "nunca falha"!

Já partilhei 1/4 do páo com Sogrinha (que diz que com café fica um mimo); e olhem que eu também acho que ficou bem bom, o que gosto mais é do quão fofinho ficou e de sentir os pedaços de noz tipo "surpresa", lá no meio.

Sab | 25.11.23

Faz algo novo!

Eu fui a um concerto sozinha!

Fui ver a Marisa Monte, em Lisboa.

 

É uma das minhas musas da adolescência. Sempre me fascinou a voz de sereia, o cabelo lindo, o sorriso fácil, as letras humanas.
Fui para a zona de mobilidade condicionada, pude ver o concerto sentada, sem empurrões, sem confusões.

E a Marisa foi fantástica, exatamente o que ouvimos nos discos.

 

Nunca é tarde para fazer algo novo, que assusta.

O importante é manter a calma.

 

 

 

Qua | 22.11.23

Como é estar quase a chegar aos 40?

E ter uma deficiência e problemas de mobilidade?

Estou com a idade em que a minha irmã descobriu que estava doente... em breve estarei com a idade que ela tinha, quando nos deixou - se Deus quiser.

 

Não tive, de todo, a atitude de me "agarrar à vida" ou "viver mais" (como a minha mãe tanto me pede). 
Tentei, mas não consegui. E fui parar ao extremo oposto: baixa psiquiátrica durante 6 meses...

 

O que tenho percebido sim é a minha humanidade, os sinais da idade no meu corpo.

E tendo uma deficiência e problemas de mobilidade, a pandemia piorou tudo... e o fechar-me em casa durante a baixa, também.

 

Ter está idade é ter hérnias discais, dificuldades a fletir os joelhos, falta de equilíbrio em pisos estranhos, precisar de usar todos os corrimões disponíveis.

 

Com vergonha, com receio dos olhares, faz agora 8 meses entrei no ginásio mais bonito da cidade e, literalmente, pedi ajuda: ponham-me a trabalhar com um PT que QUEIRA trabalhar mobilidade e motricidade. Que não me venha com tretas sobre emagrecer e crises da meia idade.

 

E para quem acredita nessas coisas, entrei lá no dia certo. E encontrei o H.

Que abraçou o desafio, que me motiva sem positividade tóxica; que me mostrou que TODOS (não só as pessoas menos fisicamente capazes) sofremos quebras de mobilidade, motricidade e funcionalidade.

Até fizemos um episódio de um podcast aqui, ide ouvir.

 

Não vou para o ginásio fazer aulinhas com música ou vestir autifites bonitos.

Vou simular o movimento de subir degraus, vou trabalhar postura, vou trabalhar estabilidade a caminhar, vou trabalhar força e resistência para equilibrar os lados do meu corpo.

 

Resumidamente, pago, e bem, para ir ao ginásio trabalhar. (Risos?)

Lutar por um bocadinho maior de qualidade de vida: menos quedas, menos tropeções, menos dores nas costas, mais equilíbrio quando alguém me empurra no metro...

Porque tenho paralisia cerebral, mas não tenho 60% de incapacidade, e por isso, tenho dificuldades, mas não tenho "direitos" extra.

 

Nem todos os dias apetece. Conseguir treinar 3x na semana é uma luta. Não estou mais magra nem góstosona...

Maaaaas estive 4 meses sem dar uma queda!

 

E é nesses momentos que penso: é uma treta suspender de 6 horas por semana, se nem é por diversão... mas vou a um sítio que amo, treino com um profissional do caraças, vejo diferenças e quem me rodeia VÊ mesmo diferenças.

 

Se estás desse lado a pensar "gostava/ havia de fazer X" estuda o caso e tenta dar o passo.

 

Com certeza não será mais estranho do que subir e descer um step (agarrada a uma barra) ao lado de gajos bombados que levantam, em cada braço, mais do que eu peso... 

Sex | 17.11.23

Chá-ólica para sempre!

Continuo uma doida por chá.

Tenho dificuldade em beber água per sei mas chá? Venha!

Graças à "nova loja da moda", a Normal - encontrei a marca Clipper, que noutras lojas custa €5 e que lá custa menos de 3.

O de erva-príncipe e eucalipto é forte, bom para beber com mel no inverno.

Mas este aqui debaixo e a sua versão com chá verde e menta são 

Há coisas que não mudam, valha-nos isso!

 

*post em nada patrocinado!

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