Leituras | Sangue e Ouro, Anne Rice
Et voilá, chegamos a esta "altura do ano".
Sim, ao fim de 6 anos, ainda ando de volta das "The Vampire Chronicles", embora já só me faltem 3 volumes da linha original - e 2 da linha paralela, dedicada às personagens mais importantes e menos faladas do universo de Lestat y sus muchachos. (para quem me segue há menos tempo, leio um dos livros da saga, por ano)
É verdade, este "Sangue e Ouro" é um livro já escrito no séc.XXI e isso nota-se na escrita de Anne: uma escritora mais velha, mais centrada em dicotomias religiosas, e com laivos de mencionar a época dos escritos - o que não acontece tanto nos muitos volumes anteriores.
E mais, desenganem-se: quanto mais nos aproximamos dos livros mais recentes das "Crónicas", menos Sangue, menos plots e menos erotismos há nos "calhamaços" - este rondou as 500 páginas.
Denota-se em Anne uma menor vontade de fazer sentir, de "chocar", e uma vontade muito maior de contar histórias, de contextualizar todo e qualquer detalhe que possa ter ficado para trás, nos 40 anos que passaram. - sabiam que o "Entrevista com o Vampiro" celebrou este mês 45 anos?
A pena, para mim, neste volume é que 90% do livro já tenha sido falado antes.
Estamos a falar de 500 páginas dedicadas a um "vampiro maior", que aparece em 90% dos volumes anteriores, e de quem já tínhamos lido praticamente tudo o que foi descrito e recordado - direta ou indiretamente.
Olho para trás e vejo os 3 volumes que tenho em casa, ainda por ler, e tenho pena.
Pena porque o fulgor e o Amor dos primeiros "Entrevista"; "Lestat" e "Rainha dos Malditos", ficou lá, nos anos 80.
Mas pena também por ver este caminho agridoce a aproximar-se do fim.
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