Leituras | As Filhas de Eva, Louise O'Neill
Escolhi este livro para o final de fevereiro, de propósito para o terminar pertinho do Dia da Mulher - e sim, terminei-o há 6 dias.
Foi-me indicado por um amigo que é especializado em estudos de género - embora alguns de vós possam conhecer o livro de clubes de leitura digitais.
Estamos perante o romance distópico de Louise O'Neill, que arrecadou prémios aquando do seu lançamento em 2014, e que é considerado uma obra-prima do género Young-Adult.
É realmente uma distopia muito realista, especialmente para nós, mulheres.
Imaginem um mundo em que as mulheres são desenhadas para os Homens, que comandam um novo Mundo.
Imaginem que desde pequenas são educadas de forma controlada, fechada e obsessiva com o peso, a imagem e as expectativas pensadas pelos outros.
Imaginem que a vossa vida é decidida aos 17 anos, e que, se não se enquadram, simplesmente deixam de existir, são apagadas, como erros de desenho que foram.
É este o ambiente pesado e quase claustrofóbico de "As filhas de Eva".
Eu, mesmo com 35 anos, consegui rever-me, preocupar-me e sentir-me afetada como quando tinha 20 e pensava e sentia (quase) tudo o que se passa naquelas páginas.
É um livro difícil em certos momentos, emocionante em muitos outros, e em que o contar do relógio se sente, a cada capítulo lido.
Sem dúvida, um livro importante de ler, especialmente a partir da adolescência, independentemente do género.
Podem encomendá-lo na Bertrand, e ler opiniões de outros leitores.
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