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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Ter | 08.12.20

Dicas de poupança | Compras mensais de mercearia, durante o confinamento

Este texto é um dos que mais gozo me deu escrever nos últimos meses, isto porque me foi pedido diretamente por um leitor:

Mas não um leitor qualquer: o meu melhor amigo, que virou homem de família e quer saber mais sobre como "pelintramente" gerir o orçamento disponível para a compra de mercearias.

 

Eu assumo, estando em casa vai para 9 meses em teletrabalho e confinamento voluntário, praticamente só saio de casa para comprar frescos, ao sábado de manhã - daí estas novas regras não me deixarem muito em pânico.

O que deixei completamente de fazer foi compras mensais nas grandes superfícies, com grandes filas e grandes multidões.

 

Estas são as minhas dicas #pelintra4ever para, por um lado poupar, e por outro apoiar as lojas mais próximas: comprar tudo o possível online, poupando tempo, gasolina e paciência.

Mas, para quem nunca pensou muito em "como fazer compras no supermercado online", deixo-vos os meus truques, aprendidos ao longo destes meses:

  1. Façam uma lista de mercearias habituais - que possam replicar mensalmente, em formato digital (no telemóvel) ou num bloco que ande sempre convosco. Vão notar que há bens de que precisam sempre, mas que outros, afinal, ou porque estão por casa, ou porque mudaram de preferências, vão durando mais. Assim, de mês para mês têm noção do necessário e do "supérfluo" e podem analisar melhor os gastos;
  2. Vejam bem o espaço no frigorífico e congelador, e em último lugar, na dispensa - para não fazerem compras duplicadas ou não perderem alimentos por não os conseguirem guardar corretamente;
  3. Organizem a lista de acordo com os bens mais perecíveis e os menos perecíveis - assim podem organizar para qual querem dedicar a maior parte do orçamento de acordo;
  4. Não comecem a vossa compra online pela secção das promoções, mas passem sim secção a secção; Aí sim, olhem para os preços promocionais mas tenham sempre em atenção preço/kg ou preço/unidade - é assim que volta e meia se tem umas desilusões;
  5. Tenham uma noção real do preço médio dos bens que compram mais (pão, arroz, massa, iogurtes, etc.) para saberem reconhecer promoções, alterações de preço e bons (ou maus) negócios em embalagens "supostamente familiares", para não precisarem de "depender" da etiqueta promocional, que às vezes engana;
  6. Revejam a vossa noção de bens duradouros e façam contas: eu assumo, só no início do confinamento e tendo em conta o pânico que ouvia nas notícias é que resolvi apostar em comprar leguminosas secas para demolhar. Uma embalagem de kilo custa mais 40 cêntimos do que as antigas em vidro (de 400g - sou alérgica a enlatados) que comprava antes e rendem muito mais (1 frasco dava-me para 1 refeição, 1 saco de kilo dá-me para entre 4 a 5);
  7. Estudem bem os talhos e peixarias das vossas zonas - exatamente por só sair para comprar frescos, decidi primeiro ver os preços dos 3 talhos que me rodeiam em vez de "automaticamente" comprar tudo online. Descobri que o talho duas ruas ao lado da minha está ao nível dos preços promocionais do Continente, sendo que os preços são os "normais" e não dependo de promoções, podendo escolher pessoalmente o que quero. Infelizmente não consegui o mesmo com a padaria e o peixe e o que faço nestes casos é comprar congelado ou comprar para congelar;
  8. Semanalmente vejam os folhetos apenas dos locais onde já comprariam e apenas uma vez - isto para não caírem nas promoções limitadas no tempo e não acabarem é a comprar (de)mais. Uma das vantagens do comprar online é que aí sim, podem dividir a lista por preços ou preferências de loja para loja, sem o "peso na consciência" da gasolina gasta e, isto quando, por exemplo, tenham bons códigos de desconto ou entregas grátis;
  9. Partilhem códigos de desconto, espreitem grupos de Facebook e similares - posso-vos dar uma dica, nos últimos 3 meses já consegui poupar €40 e não pegar no carro uma única vez graças a certo supermercado online;
  10. Guardem uma parte do vosso orçamento para fazer stock de bens não perecíveis mas que vão usar sempre como - detergente, produtos de higiene, papel higiénico ou guardanapos - desta forma conseguem aproveitar boas promoções e não sentem a pressão quando nas notícias se fala de "escassez" de certos bens.

 

Neste momento recorro acima de todos ao Minipreço Online (que abriu em finais de setembro) para as zonas da Grande Lisboa e Grande Porto e ao Continente Online. E o El Corte Inglès foi uma ótima surpresa, pois tem um supermercado online muito arrumadinho e cuja marca própria está na mesma gama de preços do que os produtos Continente. (se quiserem um código de €10 de desconto na 1ª compra no Minipreço Online, mandem-me um e-mail, ambos os lados ganham!)

Sei que o Pingo Doce está a trabalhar em tornar-se online, e, apesar de adorar a zona de avulsos da Auchan, não me consigo entender na loja online deles.

Acabo a ter enormes saudades do Lidl e do Aldi que ainda não passaram para o digital, infelizmente.

 

Acreditem, mais do que poupar, desde que compro online, primeiro por motivos do confinamento, agora por hábito, noto que poupo uma média de €25 por mês, só as compras mensais.

Junta-se a isso o que se poupa em gasolina, em tempo e em stress - e a liberdade relativamente aos impulsos das promoções.

 

E desse lado, já se renderam ao online?

Notam diferenças a nível de poupança?

Têm dicas que deva acrescentar a esta lista?

 

*post não patrocinado por qualquer uma das marcas mencionadas