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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Qui | 29.10.20

A precisar de inspiração para fazer a transição para o Outono? | EscapeShoes

Eu já conto quase 8 meses de teletrabalho - e sim, sou uma sortuda. Dei-me bem com esta alteração de rotina, tenho boas condições em casa e a minha produtividade é igual ou melhor ao que era em escritório.

 

Mas o que sinto que me ficou trocado na cabeça foram as estações do ano. 

Tenho uma janela mesmo à minha frente, vejo o Sol, a chuva, as nuvens e o vento, mas a temperatura, em casa, está sempre equilibrada.

Vai daí, quando preparei o texto deste mês em parceria com a EscapeShoes lembrei-me exatamente disso, de partilhar convosco alguns modelos de calçado de meia-estação. Perfeitos para já lidar com a temperaturas bipolares, mas que ainda não dizem completamente "adeus" aos dias bonitos:

Sapatos com tira - é fechado à frente, mas ainda têm abertura e fazem lembrar sandálias ou sabrinas, graças às tiras;

Sapatilhas, com um toque de glitter - são sapatilhas, confortáveis e aconchegantes. Mas em tons claros e com glitter para aproveitar os "últimos raios de Sol";

 

Botins (na minha preferência, castanhos) - há lá cor que chame melhor o outono do que o castanho? Vá, toda a palete de tons terra: castanhos, caramelos, taupes, laranjas... e em botim, para proteger das primeiras chuvas, mas ainda não tão inverneiros como as de cano-alto. Essas tentaremos deixara só para o mês que vem, ok?

 

*post escrito com o apoio da loja online

Dom | 25.10.20

Sobre o Amor incondicional

Fui educada a amar a minha irmã acima de todos.

Acima dos meus pais mesmo.

Era suposto sermos as companheiras da e para a vida. Sobreviver juntas à velhice e à falta dos nossos pais.

E sim, amo a minha irmã acima de todos - apenas igualada pelo amor ao meu sobrinho-afilhado, ou não seja ele carne e sangue dela, a sua primeira continuação e extensão; a quem me didico desde o primeiro momento em que o vi, de forma igual.

 

Tive a honra de, durante 34 anos ter podido seguir exemplos, evitar erros, e olhar para o caminho dela, mesmo que não o tenha repetido, mas o tenha tentado alcançar, à minha maneira.

 

Em todo este tempo percebi: o amor fraternal, o amor incondicional é down played.

Para quem não nos conhecia bem, ou só conhecia uma de nós, eu sou "só a irmã".

Eu sou nova, eu tenho vida para viver, eu vou conseguir erguer-me, a dor vai diminuir.

Acredito que assim possa vir a ser. Mas ela é o meu primeiro Amor incondicional.

Quando me digo vazia, incompleta e confusa, é porque sei que o estou. E, vou estar, em cada dia que me reste, mesmo que menos, com o tempo.

Não sou mãe, nem pai, nem filha, nem marido. Sou a irmã, mais nova.

 

Ter um irmão é isso. É sermos mais, porque somos noutra pessoa, porque vivemos também neles.

Faz hoje 2 meses que tive que me despedir da minha irmã.

Sem poder ter dado um último abraço, um último beijinho repenicado ou uma festinha na mão.

Faz hoje 2 meses que passei a ser só eu, por mim, e não foi isso que a minha educação "me prometeu".

 

Sei para onde ela foi, sei que está segura e bem. Que o sofrimento enorme dos últimos meses terminou e que agora ela olha por nós, tal qual a estrela que é - como o explicamos à minha sobrinha.

E a verdade é que, em muitas noites, consigo ver a primeira estrela da noite, a mais brilhante, e sorrir-lhe, com saudades.

 

Tenho levado o meu luto como uma montanha-russa. Em dias quase como se estivesse só a passar pelo dia. Há dias em que me lembro dela porque vejo as comidas que ela gostava, ou porque, de repente me lembro do sorriso dela.

E o sentimento do "nunca mais" é o que custa, é o que doi, é o que dilacera.

 

Não tenho procurado temas ou músicas tristes. Porque a tristeza que sinto é "só" saudade, e essa já "chega".

Mas, pelas internets, o Youtube recomendou-me um documentário - é o que faço no Youtube, vejo documentários sobre tudo e sobre nada.

 

Este é sobre tudo. Sobre o amor incondicional e a sensação de roubo e de solidão.

Cada dia, é um dia. Hoje foi mais um para marcar no calendário.

Sex | 23.10.20

Leituras | A vida na Sombra, Amaryllis Fox

Conforme partilhei convosco, em setembro, uns dias antes do meu aniversário, recebi em casa, oferta das editoras Casa das Letras/ Leya, o livro "A vida na Sombra", de Amaryllis Fox, uma ex-agente operacional da CIA.

 

Como desabafei com a Cláudia, por aqui nos comentários há uns dias, quando me sinto a "encalhar" nas leituras, recorro ao truque de ler o meu género favorito no momento, neste caso, biografias.

E esta leu-se bem: menos de 300 páginas, fluído na escrita, com momentos e locais bem reconhecíveis (para os maiores de 25 anos). Li-o em 4 dias.

 

Pessoalmente gostei mais da primeira metade do livro, em que Amaryllis partilhou as suas origens, a sua história familiar e os momentos que pautaram a sua decisão de aceitar o convite feito pela CIA.

Percebemos o humanismo e é a fase do livro em que mais se sente o coração da autora.

 

A segunda fase mostra já uma mulher afetada pelos acontecimentos mundiais que a mudaram (ao mesmo tempo que o mundo: a repressão na Ásia, a queda do Lockerbie, o 11 de Setembro, entre outros). Uma mulher que aceita um emprego para ajudar a acalmar o mundo, mas depressa se deslumbra com o ambiente frenético da agência e com um claro complexo de superioridade sobre os outros humanos.

 

Dado que a escrita do livro é muito fluída, são-nos passados poucos momentos de introspeção de raciocínio. O que faz com que certas atitudes e decisões (especialmente as do campo pessoal) pareçam desfasadas ou "fora de personagem".

 

O livro termina onde se suspeitava: numa agente cansada, "usada", que tem a sorte de poder sair e terminar carreira (digamos que Amaryllis vai tendo muita sorte ao longo dos anos...) quando chega a seu limite.

Mas lá está: falamos de uma pessoa que aceitou o emprego à 2ª oportunidade e que apenas o aceitou numa fase de reação ao terror, o fim havia de ser esse.

 

Para mim foi um 3,5/5. Bom para conhecer mais sobre o mundo geopolítico, bom para relembrar momentos que nos moldam como humanos; mas para mim, muito do descrito enquanto ex-agente operacional deve ser aceite de forma vaga, sem acreditar demasiado.

*livro oferecido pela editora

Qua | 21.10.20

Experiência | Psi, Pena, Lisboa

Este restaurante foi o escolhido por um amigo que está emigrado, para matarmos saudades, na visita de verão dele.

Foi a primeira vez que saí de casa depois da morte da minha irmã - e apesar de ser um local conhecido por ser calmo e todo good vibes, admito que no final da refeição estava muito cansada, psicologicamente - já vão perceber porquê.

 

Fomos jantar ao Psi, um dos restaurantes vegetarianos mais famosos de Lisboa, lembro-me de ter sido especialmente badalado quando abriu.

O espaço é engraçado, com a sala principal a ser numa tenda de pano, decorada com elementos de várias culturas e um toque new-age, que funciona muito bem pois o espaço é no meio de um jardim. Funcionou às mil maravilhas pois estava uma bela noite de verão.

Contudo, o espaço da tenda é pequeno, mesmo cumprindo as regras da DGS, sendo que o barulho se torna alto, mal a sala começa a encher.

O nosso amigo fez reserva, que serviu para garantir lugar, pois o restaurante teve um pico de entradas (não encheu, nem de perto, nem de longe), mas a equipa estava um bocadinho "a leste" foi preciso "passarem-nos a várias pessoas" até encontrarem a nossa mesa, num "canto" bastante pequena para 4 pessoas - mal tinha espaço para os 4 pratos e bebidas.

 

Mas bem, passado à refeição:

Pedimos 2 entradas, para partilhar: chamuças de queijo e espinafres e azeitonas marinadas, ambas muito saborosas - embora as doses não sejam nada de especial.

Quanto a pratos principais, eu pedi o pad-thai mas com noodles de courgette e o m-R o  Red Thai Curry - enquanto os nossos amigos pediram igual.

Os pratos são muito saborosos, bem executados, mas há pouca informação sobre pratos low-carb (tendo de ter sido eu a perguntar), os pratos "com arroz" vêm mais bem servidos, demoraram a chegar (25 minutos para esperar depois de terminadas as entradas, quando os pratos foram pedidos ao mesmo tempo) e chegaram já mais para o frios.

Seguiram-se mais 20 minutos de espera entre o virem perguntar se queríamos sobremesas e o trazerem a carta, seguidos de quase mais 20 minutos de espera pelas mesmas - connosco a perguntar ao fim de 10 minutos e os funcionários.... muito confusos. Eu pedi um cheesecake de frutos vermelhos e o m-R pediu uma panacotta - e digamos que só esperámos porque estávamos desejosos de algo doce... As sobremesas foram boas, saborosas, sem aquele travo de "vegetariano cheio de substituições", mas não valem os mais de 30 minutos de espera.

Estavam ainda desfalcados a nível de bebidas, numa noite quente não ofereceram a opção de acrescentar gelo, e cada questão sobre as bebidas que não conhecíamos acrescentava confusão e espera aos pedidos.

 

Resumindo: queres experimentar um bom restaurante vegetariano, numa zona bonita de Lisboa? Visita o Psi. 

Os pratos são interessantes, a ementa é inovadora. A abordagem aos ingredientes é interessante pois a confeção fica bastante apetitosa e "tradicional-caseirinha". É bom para novatos na gastronomia mais alternativa.

Contudo, prepara-te para doses muito "controladas", para um atendimento muito confuso, nem sempre simpático e muito demorado - também pelo que parece falta de preparação e lembrança dos funcionários.

Para mim é um 3.5/5, a refeição para duas pessoas ficou a rondar os €34, um preço bem acessível, especialmente para toda a fleuma criada à volta do espaço - contudo a demora e o atendimento "pobrezinho" fizeram sentir-nos como se tivesse "custado" muito mais.

 

Psi Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

*post não patrocinado

Dom | 18.10.20

Skincare | Rotina de noite para peles sensíveis - Notino

Há quase meio ano (já?) partilhei convosco a minha rotina de cuidado de pele para o dia, quando estava, na altura a recuperar das crises de acne causadas pela Adenomiose.

Na altura levantei o véu sobre a rotina de cuidados noturna, mas só agora tive cabeça de a partilhar convosco.

Uma coisa vos garanto, é uma rotina que dura - tinha-a a começado em meados de janeiro e só agora é que 2 produtos ameaçam acabar!

 

Ora para desmaquilhar a pele, nos poucos dias em que saio de casa uso o desmaquilhante de olhos bifásico PUR BLEUET da Yves Rocher e o gel micelar da A-Derma para peles sensíveis e com vermelhidão.

Já para acalmar e fazer a "2ª limpeza", para garantir que os resíduos saíram todinhos, uso o leite de limpeza hidratante da Cien.

Como sabem, em janeiro apostei "com tudo" nos cuidados de pele e aprendi as vantagens dos tónicos de pele - eu sei que é dos passos que mais especialistas apontam como verdadeiramente opcional - mas eu gosto de ter um cuidado que existe para fazer a pele sentir-se fresquinha. E para isso apostei no tónico para peles problemáticas da AA Cosmetics.

Já o cuidado "carinhoso", aquele que deixa a minha pele a sentir-se nutrida e macia é conseguido pelo Serum Professional Face Care Vitamins A+E+F da Delia Cosmetics, um sérum antirrugas para rosto e decote com textura de óleo, mas que absorve rapidamente e para todo o rosto apenas necessitam de umas 4 gotinhas. 

E para terminar? O cuidado de noite da Ducray (para potenciar o tratamento de dia), o Ducray Melascreen cuidado nutritivo.

O custo total desta rotina? Aproximadamente €50. E sim, quando os investi pareceu muito. Mas, a verdade é que duram mais de meio ano, resultam mesmo na minha pele e ajudaram a criar a manter a rotina de cuidados.

Crises de acne? Não voltei a ter. E apesar de tudo o que se passou no último ano, a única grande "marca" que noto na pele são olheiras... mas tendo em conta, já as esperava...

 

*post escrito com o apoio da loja online.

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