Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
[Ainda de dezembro - que isto de ter estado sem publicar quase 3 semanas, deixou muito por contar... mas também, Natal é quando uma 'essoa quiser, né?]
Na semana anterior ao Natal, o m-R precisou de ir ao Time Out Market, na Ribeira, tratar de umas coisas para a banda. E sendo 6ª feira, e sendo que eu nunca lá tinha ido, desafiou-me a ir ter com ele, direta do trabalho, e jantarmos por lá.
Ora, eu sei que o Mercado da Ribeira é um sítio in, féxon, mas eu fico sempre com a "pulga atrás da orelha" quanto a este tipo de lugares da moda... e ainda não tinha ido, nem lido nada, nem sabia como era o espaço.
Entrada lá, relembrou-me muito o Mercado de San Miguel, em Madrid. Um espaço amplo, com lojinhas de produtos tipicamente portugueses e muitos food corners (pequenos restaurantes, quase do tamanho de restaurantes de shopping) mas de cozinha de autor, tanto para refeições, como para bebidas e sobremesas.
Digo desde já, tivemos que dar 2 voltas ao espaço para conseguir escolher, porque eu cá, não reconhecia quase metade dos chefs que lá estão, e os que reconheci, não me cativaram.
Acabamos por arriscar no espaço da Chef Marlene Vieira, que não conhecia antes, e que tem disponível um menu de degustação com 8 petiscos muito bem servidos, em quantidade, por €25.
Ora, €25 para 2 pessoas é um preço ótimo, lá está, completamente dentro do espírito dos preços de shopping, mas com um atendimento e uma qualidade de ingredientes e conjugações muito superiores.
Chegaram a nós, estes todos e mais umas fatias de pão - para acompanhar as latinhas:
Os meus favoritos?
a tomatada de mexilhões - estava tão boa que "ignorei" a minha intolerância ao tomate e comi quase metade da latinha;
a tempura de camarão, muito estaladiça;
os pasteis de bacalhau, que pareciam nuvens de tão leves e que combinavam na perfeição com o aioli de pimentos;
E os cogumelos recheados com o ovo de codorniz e presunto.
BÓNUS: A salada de polvo à portuguesa estava tão boa, cortada fininha e bem temperada de azeite, alho e vinagre, que o m-R, que não come polvo... comeu a sua metade da latinha e disse que se todo o polvo fosse assim, mudava de ideias quanto à iguaria!
Não apreciei tanto o paté de sapateira com abacate, para o qual tinha grandes expectativas: o abacate estava muito verde e sobrepunha-se ao sabor delicado da sapateira... e o sabor era pouco, não notei um toque de sal, ou pimenta ou azeite...
Resumido: é uma experiência gira, ir ao Time Out Market, que me relembrou que não é preciso viajar para fora (ou fugir dos sítios da moda) para ter um jantar de 6ª feira diferente e saboroso.
Acredito que o bom da experiência também venha muito de termos feito uma boa escolha quanto ao espaço para jantar, e o preço foi ainda melhor, já que com, €25 para os dois e ficámos bem jantados, comemos pratos exclusivos, em doses bem suficientes e ficámos a conhecer uma chef nova para nós, sem sermos "depenados", como noutros sítios.
Para mim é um espaço 4/5, e recomendo, especialmente para "dar um bom pontapé de saída" a um fim de semana e animar as hostes.
Não é por nada, mas tenho uma "SuperCrush" ali pelo Sinhor baixista (numa rara aparição vestido de branco).
Este é o novo single dos 11th Dimension(é uma cover) e a história do videoclip é muito gira.
Já agora, eles foram escolhidos para participar no concurso de bandas do Vagos Metal Fest! Se os quiserem ver a tocar no festival e a voar um pouco mais longe, apareçam, no dia 8 de Fevereiro no RCA CLUB e votem nos moçoilos, que eles esforçam-se!
Agora que já fiz publicidade ao novo trabalho do m-R, estão todos liberados para continuar o vosso dia.
Isto de pensar: "como não Lisboeta, faz-me falta alguém que partilhe os melhores restaurantes da cidade, de uma forma real, porque eu não conheço nadinha...", levou-me a começar a partilhar aqui as minhas experiências gastronómicas pela cidade.
Já lá vai quase ano e meio. E é das rubricas que mais gosto me dá escrever. Mesmo que nem todas as experiências corram bem.
Hoje chego aqui ao cantinho e vejo que o Sapinho me destacou, tanto nos blogues, como na homepage.
E só posso agradecer. E esperar que gostem das minhas partilhas, porque verdadeiras elas são.
É bom ver que a nossa paixão transparece nas palavras.
Na semana passada, no meio da minha "fossa", no meio desta nova espera por novidades, este novo fio da navalha... deu-me um "amoque": virei gavetas. Ela foi roupa, ela foi calçado, ela foi produtos de limpeza e de higiene.
Tudo o que já não serve, que está velho, que não funcionou, que caiu mal, das duas, três: ou guardei para oferecer a amigas (o que ainda estava em condições) que elogiaram, ou lavei e vou vender na Micolet; ou: lixo.
Caraças! Sinto-me numa musiquinha de espera de uma linha de valor acrescentado, alguma coisa de útil tem que sair destes dias.
E... roupa, vou tendo. Produtos de limpeza e higiene, compram-se. Agora... o calçado? Éh páh. Vocês sabem que calço um número pequeno, difícil de encontrar. Não vou exagerar ao listar-vos o que ficou, de calçado de inverno:
1 par de botas de cano alto (compradas há 3 anos);
2 pares de botins (dos saldos de há 2 invernos);
3 pares de sapatilhas - só sobreviveram as de marca.
Et voilá. É com isto que me tenho governado, entre o ir trabalhar e o sair de casa (para o "estritamente necessário", ao fim de semana). O m-R, que é muito mais "mãos largas" que eu já me tem chateado:
Precisas de calçado. Olha os saldos... Vem aí chuva outra vez e de botins vais chegar bonita a casa.
(Sim, eu acho que ele anda a ser pago pela minha mãe, para garantir o papel de "cuidador de serviço".)
Mas, vamos todos repetir em coro:
A m-M não quer sair de casa, nem ver pessoas.
Vai daí, o meu meio termo, é visitar a EscapeShoes, de tanto vos falo.
Sim, para mim.
Vou estipular um orçamento e seguir os meus próprios conselhos - lembram-se do texto de setembro?
1 par de botas de cano alto em pele;
1 par de botins em pele, com forro;
1 par de sapatilhas.
Tudo em cores neutras, para ter calçado para rodar para o trabalho. Fiquei de olho em alguns pares da XUZ, marca que, admito, achava que não faria o meu género, mas que tem calçado giro e que parece ser de qualidade.
O difícil agora, neste estado de espírito, mais do que escolher, porque há muito calçado interessante com promoções e alguns pares no meu tamanho.. é decidir-me que é "ok" gastar dinheiro "em mim".
Alguém desse lado usa esta marca? Qual é o vosso feedback? Vale o investimento?
[Finalmente vou encerrar o capítulo "aniversário do m-R"... mais de 3 semanas depois... mas vá, fica aqui entre nós!]
Para vos provar que não sou só eu que partilho as minhas opiniões, este ano fomos jantar, no próprio do dia de aniversário do m-R, a um restaurante indiano, recomendado pela minha colega de trabalho.
Não vou mentir e dizer que já tinha ouvido falar... este restaurante, até muito bem cotado no Zomato é na zona do Saldanha, que frequento muito pouco. Mas lá está, a minha colega foi lá com os amigos, sabe que nós adoramos comida indiana, sabe que tínhamos tido uma experiência desoladora no Chutnify e, depois de ter experimentado, garantiu-nos que deste íamos gostar.
O Passage to India é um restaurante que, visto de fora, parece pequeno, mas "abre-se" numa sala média, muito bem decorada. Os empregados são muito simpáticos, atentos q.b., e nada intrometidos.
Fomos em família, com Sogrinha, para celebrar o dia dele. Era jantar de festa, por isso, mesmo avisados pela minha colega que as doses são ENORMES, resolvemos pedir:
1 papdi chaat para começar, para cada;
1 entrada para os três;
1 prato para cada um;
naan e arroz para acompanhar os pratos;
lassis e uma cerveja para Sogrinha - sim, ela é a desencaminhadora!
Ao ver que na carta apresentavam tantos pratos como "especialidade", decidimos apontar mesmo para esses, para perceber se realmente perceberíamos diferença em relação a tantos outros indianos que já visitamos.
E ainda bem que o fizemos, realmente provamos receitas completamente diferentes do habitual, que apostam mais nas especiarias específicas de cada região da Índia.
As chamuças Chaat, um género de lasanha com massa de chamuça fininha, carne e legumes picadinhos e um molho de iogurte e coentros, são fantásticas, e uma única entrada deu para dividir pelos três.
O m-R ficou apaixonado pelo camarão Sahi Massala que escolheu, bem picante, mas muito saboroso, eu só não provei melhor, porque o molho tinha como base o tomate, a que sou intolerante... mas ele adorou!
Eu escolhi o borrego Saag, com 7, SETE, pedaços de borrego bem tenrinho, em molho de espinafres, cebola e poucochinho tomate, bem cremoso. Bem, estava muito bom, mesmo - e deu para partilhar, de tanto que era.
Sogrinha experimentou borrego Jalfrezi, no ponto de picante, um prato de pedaços de borrego em molho de tomate e pimentos, que cheirava que era um regalo.
Com cada prato veio um potinho de arroz basmati perfumado com cardamomo, mas Sogrinha quis acompanhar o prato dela com arroz Sahi Pilau (com frutos secos) e nós acompanhamos como meu adorado naan (eu lá ia a um indiano e não comia naan?) que estava tão fofinho que quase se desfazia na boca!
E sim, as doses são mesmo enormes (tal como a minha colega tinha avisado...), bem servidas, e uma das vantagens? Dá para trazer para casa tudo o que não se consegue comer, sem pagar extra. Ou seja, este jantar transformou-se ainda no almoço do dia seguinte! #pelintra4ever
Resumindo: o Passage to India, é, para mim, o melhor indiano da cidade de Lisboa, neste momento. Está bem localizado, a 5 minutos a pé do metro do Saldanha, tem um espaço bem à medida e muito bem decorado, e funcionários atentos e muito educados.
O preço é um pouco mais alto do que "o indiano habitual", pois realmente apostam em pratos únicos. Mas, como era dia de festa, o preço não foi o meu foco. Posso dizer-vos que: entradas, bebidas, pratos, arroz extra, 2 doses de naan e um drink no final para brindar à saúde do meu m-R ficou-nos por €80, para 3 pessoas.
Para mim este restaurante é um 4,5/5 e recomendo - e já estou a pensar em "desculpas" para voltar.