Afinal de contas, como é a vida pré e pós transplante?
Um destes dias, cruzei-me com este artigo, no Facebook.
Para quem se pergunta como são os preparativos e o processo de um transplante, leiam com atenção:
Mas foi precisamente essa parte, a do transplante, que mais lhe custou. “Estamos num quarto, em isolamento porque antes é preciso fazer uma quimioterapia durante sete dias consecutivos, que acaba com toda a defesa do organismo, com a medula, com tudo, para depois as novas células estaminais poderem instalar-se”, explica. “É muito duro, primeiro porque estamos fechados num quartinho que só tem espaço para uma cama, a casa de banho tem aquelas cadeiras que têm uns sacos, temos um lavatório, o banho é com esponja… Depois só entravam no quarto os enfermeiros e além deles, uma pessoa, sempre a mesma, todos os dias, que tem de fazer análises para ver se tem alguma bactéria. No meu caso foi a minha mãe… a minha irmã ficava do lado de fora e a minha mãe do lado de dentro”, conta Carolina com a voz embargada. “Custa muito ver as pessoas lá fora A minha irmã sentia-se muito impotente de ver que eu estava doente e não me sentia bem e não me conseguia ajudar. A minha mãe também não podia fazer nada, eu já estava a tomar medicação…”
Mas voltar à vida normal demorou mais do que ela estava à espera. “Os efeitos secundários persistiram. Continuamos em casa numa espécie de isolamento, não podemos sair à rua, não podemos ter contacto com animais, com crianças, não podemos ter muitas visitas. E as que recebemos têm de usar máscara, a casa tem de ser toda desinfetada, temos de ter uma casa de banho só para nós que tem de ser lavada depois de usada, não podemos partilhar o quarto com ninguém.
Infelizmente, a recuperação da minha irmã está a dar mais luta.
A fazer-se mais desejada, com mais mudanças.
Mas espero, com todas as minhas forças, que ela também chegue, mais cedo do que tarde, à fase do sorrir e fazer planos.