Da semana negra, como bréu
Não voltei cá com novidades.
Porque o Universo não brinca.
Estava eu animada, com a viagem, com a irmã que vi... e, exatmante duas horas depois, o meu mundo ruiu.
Partilhei nas outras redes, mais instantâneas, porque a cabeça era pouca: a minha irmã teve um grave revés de saúde na tarde em que escrevi o post anterior.
E eu? Eu deixei de funcionar. Não comi, não dormi, não consegui pensar. Chorei, sem controlo, sem noção e com muito medo. Ainda hoje me sinto fraca e cansada e burrinha - sim, nem falar da mesma forma consigo.
Mal consegui organizar tudo com a entidade patronal fui para o Porto, pouco me importando com a vida que ficava para trás. Afinal de contas, sem a minha irmã não há vida digna desse nome, para mim.
Esteve dias em suporte de vida - não partilharei aqui detalhes para não ferir susceptibilidades, mas o meu e-mail está disponível para as vossas questões.
Nos dias seguintes estive lá, com ela, segurei as lágrimas, segurei-lhe a mão, vi-a desentubada e a recuperar a consciência.
Voltamos à vida diária no IPO, no isolamento.
Voltamos a falar todos os dias por telefone, quando ela tem forças "para me aturar".
Ao voltar a Lisboa, recebemos ainda a má notícia que aguardávamos há quase 2 anos: faleceu sogrinho querido. Depois de uma luta grande, mas inglória, partiu.
E nós cá ficamos, a celebrar uma vida e a honrar uma morte.