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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Seg | 20.05.19

Da semana negra, como bréu

Não voltei cá com novidades.

Porque o Universo não brinca.

Estava eu animada, com a viagem, com a irmã que vi... e, exatmante duas horas depois, o meu mundo ruiu.

 

Partilhei nas outras redes, mais instantâneas, porque a cabeça era pouca: a minha irmã teve um grave revés de saúde na tarde em que escrevi o post anterior.

E eu? Eu deixei de funcionar. Não comi, não dormi, não consegui pensar. Chorei, sem controlo, sem noção e com muito medo. Ainda hoje me sinto fraca e cansada e burrinha - sim, nem falar da mesma forma consigo.

Mal consegui organizar tudo com a entidade patronal fui para o Porto, pouco me importando com a vida que ficava para trás. Afinal de contas, sem a minha irmã não há vida digna desse nome, para mim.

Esteve dias em suporte de vida - não partilharei aqui detalhes para não ferir susceptibilidades, mas o meu e-mail está disponível para as vossas questões.

Nos dias seguintes estive lá, com ela, segurei as lágrimas, segurei-lhe a mão, vi-a desentubada e a recuperar a consciência.

Voltamos à vida diária no IPO, no isolamento.

Voltamos a falar todos os dias por telefone, quando ela tem forças "para me aturar".

 

Ao voltar a Lisboa, recebemos ainda a má notícia que aguardávamos há quase 2 anos: faleceu sogrinho querido. Depois de uma luta grande, mas inglória, partiu.

 

E nós cá ficamos, a celebrar uma vida e a honrar uma morte.