Saudade é o meu nome do meio
A maior dor de perda que senti até hoje, fez-me prometer não mais confiar num 23 de novembro.
E já lá vão 14 anos a levantar o sobrolho a 23 de novembro.
Dia-ladrão, que te levou de mim.
É "interessante" como 2003 acabou com o meu coração pequenino, partido, dorido, com a tua morte, com o nunca mais ver os teus olhos de criança, ouvir a tua gargalhada e ver como um homem pode não ter muito aos olhos dos outros, e mesmo assim ser verdadeiramente grato pelo que conseguiu e mostrar esse orgulho, nos seus, sem vergonha.
Para o bem (e para o mal) és o meu homem, "sem vergonha", do Amor e do amar.
Sinto-te a falta todos os dias. Tu sabes.
Acredito que estás no nosso H., tu sabes.
Vivo a dicotomia de ter ficado vazia sem ti, e ao mesmo tempo ter crescido, para além de mim, na certeza de te querer orgulhoso de nós. Tu sabes.
És a minha memória feliz, no meio da dor, da dificuldade e do medo.
És a minha certeza de amor.
Tornaste a saudade o meu nome do meio.
Passem os anos que passarem, a saudade fala mais alto a 23 de novembro.