Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Um dióspiro de "roer" (ou de "rilhar", como dizem no Norte), é uma fruta da qual fugi durante anos!
Eu que já fui viciada pelos dióspiros moles/de prato... comi tantos que os enjoei. Hoje em dia tenho arrepios só de os ver ou de os cheirar.
Mas li o texto do Carlos, no dia seguinte fui fazer as compras do mês, os dióspiros de roer olharam para mim, eu olhei para eles... e só "ouvia" as palavras do Carlos.
Escolhi um, a medo.
Ontem, "ataquei-o" como sobremesa. E só vos digo, parecia toda uma experiência gourmet.
Primeiro lavei-o e cortei-o em quartos. Primeiro pensamento: olha que lindinho! E quase não tem cheiro...
Depois... tentei comer com casca (eu sou da equipa "comer fruta com casca"). Não correu bem, a casca tem uma textura estranha e é meia amarga.
Vai de descascar e continuar. Até que me apercebi que o dióspiro de roer também tem um género de caroço, mas nisto já tinha comido um quarto de fruta com caroço.
Vai de tirar o caroço e comer os outros três quartos.
15 minutos para comer um mísero dióspiro.
Review (si, sou tão féxon, que faço review a frutas): não me encantou.
É simpático, não demasiado doce, e não tem um cheiro enjoativo, mas não me cativou ao ponto de "esperar" pela época só para matar saudades. Digam-me lá, não acham que um dióspiro de roer parece o resultado de "uma noite de amor" entre uma maça Granny Smith e um dióspiro verde? Frutas, por favor, não se misturem... confundem aqui a moleirinha à je.
E claro, levantou dois "probleminhas": é uma fruta de alta-manutenção, só para ser comida. E caraças! Uma peça de fruta reforçou como consigo ser uma croma
Lembro-me de quando era uma rapariga quasi-obcecada por abraços.
Para mim, num abraço podia estar a(s) resposta(s) à(s) questão(ões) mais importante(s) do mundo.
Um abraço, se bem dado, entrega, por entre os braços e a força do "aperto", o sentimento que as palavras não conseguem mostrar, ou que os olhos não conseguem dizer.
Há uns anos, eu pedir um abraço, eu dizer que esperava por um abraço... era das maiores provas de carinho que eu podia dar a alguém. Um tipo de prova que acho que nunca ninguém compreendeu decentemente (tirando a My Cristina, vá).
Até que pessoínhas me foram usando e abusando dos abraços.
E me magoaram através deles.
Fui largando o amor ao abraço, à segurança nos braços de outro alguém, ao inspirar o perfume e ao guardar de um momento, que pode viver num abraço.
Hoje, chego ao ponto de ser surpreendida pelos mínguos abraços que ainda existem; fico até constrangida.
Mas, esta semana, por entre conversas normais, por entre confissões difíceis, por entre a nostalgia e a solidão que a época natalícia me trazem, dei por mim com falta de abraços.
Pior, com a falta da possibilidade de dar os abraços que queria dar, a quem queria dar.
É nestes momentos que tenho saudades do meu eu de 24/25 anos, tão ligada que era ao que sentia, que partilhava tão bem essas "necessidades".
Tenho saudades de ser abraçoólica, mas acho que o mundo não se coaduna com isso. E ao fim e ao cabo, é o mundo que nos molda.
Hoje, a minha decisão de ser menos consumista está-me a "bater forte".
Em conversa com uma amiga do coração e com o meu bff, percebi que isto de este ano não ter desejos, nem necessidades que se possam resolver com "lembrancinhas" é mesmo um momento diferente na minha vida.
Não tenho grandes desejos porque estou a viver uma dicotomia pessoal:
não me falta nada
não quero nada, porque a minha auto-imagem está tão baixa, que rosno à simples ideia de gastar dinheiro em mim.
Necessidades?
"Apenas" o resto da mobilía da sala (onde ainda tenho uns €300 para gastar) e as cortinas japonesas para as janelas dos quartos (serão uns bons €80 nisto.
Está tudo no IKEA, mas eu nem me atrevo a lá por os pés, nestes meses!
Mas *IKEA querido, se me quiseres "adotar", eu aceito, de bom grado*
As compras de Natal estão tratadas.
As dicas de poupança deste ano?
Fiz a lista de natal em outubro - lista personalizada, nada de lembranças vagas ou vãs - utilidade acima de tudo!
Fiz as compras entre outubro e novembro
Fiz escalões de dinheiro a gastar e estipulei bem "quem merecia qual tipo de presente" - deixemo-nos de hipocrisias: há naughties e nices, e mesmo dentro desses, há que não ter "mais olhos do que barriga", porque há quem mal pense em nós.
Por mim, os meus presentes de Natal eram - EVO segura-te aí na cadeira, que aqui vai de wishlist:
Chegar a minha casa e tê-la limpa e arrumada (e os quadros e as decorações nos seus sítios), por magia.
Ter a mobília da sala completa, os candeeiros do quarto de hóspedes e as cortinas.
Chegar ao meu guarda-vestidos e livrar-me dos "monos" - e magicamente ter apenas e só roupa que me represente e que me faça sentir bem (e esse é a parte mais difícil, neste momento).
O meu Natal, este ano, é menos consumista para mim, os miminhos de quem me rodeia estão tratados, sob o lema: utilidade.
O meu Natal, este ano, é menos consumista, porque é um Natal vivido "dentro de mim", para o bem e para o mal - e para o não-cor-de-rosa da vida.
O meu Natal, este ano é menos consumista, porque é feito de desejos cliché de dona de casa, pseudo-adulta, com problemas de auto-imagem.
Resumindo: não sei se recomendo o meu Natal pouco consumista a alguém...
Pelintra-mor como sou, apercebi-me que nunca fui tão direta num título de um post como hoje: 'bora lá chamar os bois pelos nomes e dar mais uma dica de poupança, à descarada.
Corria o mês de março deste ano, quando li um status da Bárbara, na página de Faicibuqui do blogue dela, a declarar algo como:
"Há 3 meses deixei de comprar gel de banho. Somos 4 cá em casa e uma embalagem de gel de banho (400ml, €4) dá para um mês, mês e meio, no máximo. Há 3 meses reencontrei uma marca de sabonetes de quando era mais nova, comprei um e a verdade é que ele ainda dura".
Sendo que eu comecei a procurar produtos mais naturais e decidi cortar no tempo que passo no duche, decidi fazer a experiência. Entre dezembro do ano passado e fevereiro recebi sabonetes da Lush, da Cufanha Cosmetic e da Phillippe by Almada. E resolvi fazer a minha própria experiência de poupança:
Em maio (uma embalagem de 300ml dura no máximo, 2 meses, quando é usada pelo dois), acabei a embalagem que estava aberta e 'bora lá de experimentar o da Lush.
Foi o menos rentável e o mais caro, aviso já. De ser tão cremoso, nem o facto de estar guardado dentro de uma saboneteira bem tapada o "salvou", dissolvia-se sozinho e durou um mês, aproximadamente. Era um sabonete hidratante com pétalas de rosa (não sei o nome porque me foi oferecido), mas não fiquei fã da textura, parecia que deixava a pele com uma película de gordura, e o perfume era nulo.
Em julho foi a vez do sabonete hidratante "mistério" da Cufanha Cosmetics. Com óleo de coco, embalagem reciclável. Bem cheiroso, sentia a pele hidratada no final, com um perfume bem suave. Durou 2 meses e pouco, porque no final, quando ficou fininho, dissolveu-se em 3 utilizações. Mas fiquei fã! É uma sabonete muito engraçado para oferecer, porque tem aspeto de "mural", com pedaços de cores diferentes e texturas variadas.
Desde setembro estou a usar o sabonete de leite de burra da Phillippe by Almada. Já lá vão quase 2 meses e nem sequer vai a meio!!!! Tem uma textura com pequeninos grãos, sendo que funciona também como um leve exfoliante de corpo. O perfume é mais intenso quando está seco, do que durante a utilização, mas eu sou suspeita, porque adoro o perfume da linha deles.
Ou seja, em 6 meses (and counting!), 3 sabonetes, em que o custo é de €12, aproximadamente (os 3).
Neste período, se a usar gel de banho, teríamos gasto entre 4 a 6 embalagens de gel, que também gastam mais plástico. Ou seja, aproximadamente €12 a €18.
E sim, o duche, com sabonete, também se torna mais rápido, logo, de duches de ~15 minutos, passei para ~10 minutos - poupo água também.
Os 3 produtos que apresento são constituídos por ingredientes orgânicos, maioritariamente naturais, e são vendidos por empresas com políticas sustentáveis. Tudo win-win situations.
P.S - mas se são fãs incondicionais dos géis de banho e não se imaginam a regressar ao sabonete... recomendo os géis de banho ecológicos da Yves Rocher (são os meus companheiros nas viagens de trabalho!) - podem ler a minha review aqui.