Vivo muito isto, eu.
Vivo muito o blogue, a blogosfera.
E mostro pouco.
Tenho-me apercebido, pela terapia, que é verdade.
Dedicamos sempre uns 10 minutos a falar do blogue nas consultas, porque a A. já percebeu que é relevante para mim. Embora eu dê por mim, em plena consulta a minimizar, a exercer auto-censura - minimizando os sentimentos que obtenho aqui...
Quer dizer, no outro blogue conheci ex-namorados, amigos que viveram na minha casa de solteira, pessoas que conheceram a minha família...
Mas a ligação que sinto é com este.
Não me dou a conhecer (pessoalmente) assim a tantas pessoas, embora ambicione, muitas vezes, certos laços de amizade que vejo outros autores terem entre si - eu sei, isto é um bocadinho um contrassenso.
Fico feliz com um e-mail, um comentário, uma interação. Com aquela sensação de "el@s viram-me!" (Mas não, não recebo assim tantos)
Quando nos comentários digo que rio/choro - é a verdade, faço enormes figuras parvas, atrás do PC.
Sigo Vloggers para matar saudades de ouvir as vozes, os sotaques.
Apetece-me abraçar meio mundo que "sigo".
Mas quando se abre uma oportunidade... dá-se-me a vergonha. "Fujo". Tenho vergonha. Tenho "medo de exagerar". Acabo a parecer fria. Não consigo mostrar, só com os olhos, tudo o que sinto.
Tanto mais parece que não sinto nada demais e que só passo aqui porque sim.
Mas olhem que não...