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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Sex | 31.03.17

Review - Memnoch, the Devil (Anne Rice)

Este ano, a "meta" é ler entre 13 e 15 livros. Para este número muito devo ao autocarro, que parte mesmo daqui da Avenida, e me dá 20 a 25 minutos de leitura, todos os dias (que o consigo apanhar).

Memnoch, o Demónio é o 5º volume da saga "As crónicas do Vampiro" de Anne Rice, uma saga de que gosto desde pequena, com personagens que sinto conhecer. Com este volume, chego quase a meio da viagem com este núcleo, muito mais humano do que os nomes das obras deixariam parecer.

Já o tinha comigo desde 2015, foi um presente dos golden 30's atrasado. Comprei o 6º volume, o ano passado na Feira do Livro, mas demorei 5 meses a ler este livro. E isso, já creio, diz muito.

Chego, assim, quase a meio desta saga.

Foi o 1º que li na língua nativa e foi o que mais me desiludiu. Quem diria que uma escrita frenética poderia ser aborrecida? Pois, que pode.

Anne Rice perpetua o "estilo" do volume anterior (O Ladrão de Corpos): história arrastada sem acréscimo de valor, até aos últimos 8 capítulos. Um final feito de capítulos corridos, de choque pelo choque, sem explicações, crescendo que fica no ar, sem ser um cliffhanger, levando mais à frustração do que a qualquer outro sentimento.
Lestat aparece mais "só", ainda mais humanizado do que no 4º volume, apenas para ser ainda mais a vítima. repete-se também o que me começa a parece um hábito: Lestat objetivizado para uso das mulheres, personagens, elas, também repetitivas: frágeis na sua força, dicotómicas, iludidas (por ele e por si mesmas), que no final do encantamento, "descartam" Lestat.

Continuarei a saga, porque gosto das personagens do núcleo, porque espero que regresse à força do 2º volume, porque o próximo parece sair um pouco do foco "apenas Lestat".
Mas o meu fogo por esta trama, e pior, por esta autora, que acarinho desde pequena, começa a diminuir. E isso, no mundo dos livros, é das maiores tristezas...