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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Ter | 14.03.17

Review - Restaurante Siesta

A pedido da Sogrinha, este foi o restaurante visitado no aniversário dela, a semana passada.

Pelos vistos as colegas de Departamento dela adoram este restaurante e nós, os 3, adoramos comida mexicana - win win!

 

Sendo uma Zomato aficcionada, confesso que comecei a ficar de pé atrás quando fui ler as críticas... mas, se era desejo de Sogrinha, nós realizamos!

 

Resumidamente?
Um bom restaurante, com mau serviço e preços muito inflacionados.

O local é muito bonito, a decoração é muito interessante. Contudo, a música ambiente quase não se nota, a música ao vivo é pobre, o ar condicionado está demasiado forte e virado para os clientes - o que se torna desagradável - por exemplo, o m-R tem problemas respiratórios, resultado: andamos a fazer a dança das cadeiras nos primeiros 3 minutos, e nenhum empregado sequer se dirigiu a nós a ver se estava tudo bem...

O atendimento é pouco focado, muito confuso.
Os empregados parecem nem nos estar a ouvir, não sabem tirar dúvidas, retiram talheres da mesa sem olhar (eu fiquei sem talheres ou guardanapos quando acabei de comer as entradas, porque não me agarrei ao garfo e á faca... resultado: andei a pedinchar talheres para comer o prato principal e ainda levei com um empregado que ficou com ar de tonho a olhar para mim), fazem barulho a bater portas e fechar gavetas, mesmo ali ao nosso lado. Para além disso, são muito demorados a recolher os pedidos e a servir (note-se que tínhamos mesa reservada, ou corre-se o risco de aguardar de pé, algum tempo). O cuidado e atenção para com os clientes é mínimo, não olham para nós, não nos falam, parecem pequenos autómatos... Ou seja, o misticismo da experiência, connosco, acabou ao fim de 10 minutos.

A comida é boa, com doses muito bem servidas e nós fizemos por experimentar quase todos os tipos de carne (porco, vaca e frango), em carnitas, tacos e enfrijoladas. A comida é saborosa, mas não é fantástica ou muito memorável. E é uma pena os pratos serem tão caros e: o pico de gallo ser tomate, ponto! Os cogumelos serem enlatados e sensaborões (eu tive que trocar de prato porque não posso comer enlatados, valha-nos não sermos esquistios e trocamos de pratos entre nós). O frango vem meio sem sabor, porque com eles ou é com picante, ou o sabor roça o nulo.
O pulled pork sim, é muito muito bom, os nachos caseiros e o guacamole caseiro também são bastante simpáticos.
As margaritas de morango são boas - os copos em que são servidas (pesadões e enormes) é que eram escusados...

frango_siesta.JPG

(o prato de frango, ÓTIMO para quem não gostar de picante, ou de grandes sabores, at all)

 

As sobremesas são boas: o cheesecake de maracujá é fresco, o merengue é maravilhoso, o doce da casa é bom. Mas não indicam os pratos não disponíveis (o que levou a desilusão na nossa mesa) nem fazem sugestões sobre o que comer "em vez de" - lá está, o sempre presente sentimento de não quererem saber do cliente...

O veredicto?
Simpático, mas nada demais. Mediano. Não vale de todo o preço bastante elevado que é cobrado.
Para nós fica como recurso para matar desejos de comida mexicana, apenas e só.

 

Siesta Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

E vocês? Conhecem? Gostam de comida mexicana?

 

Ter | 14.03.17

Brincar com o tempo

Ainda por estes dias li a Desconhecida e os seus miúdos falar do tempo, dos desejos de criança, do que é "ser crescido".

E bem diz ela, se os miúdos soubessem... não queriam ser tão crescidos, não sonhavam tanto com o ser adulto, não faziam tantos planos.

 

Ando numa fase de "olhar muito para trás".

Não de "cor-de-rosar" o passado, de achar que o que vivi é "que foi!", pouco do que vivi foi de grande memória (exceptuando os momentos com a MC, com o m-R, com o meu afilhado...).

Mas, tenho andado introspetiva, e tenho-me apercebido que este meu feitio de viver as coisas para mim e em mim, as faz quase passar por pouco intensas, quando não o foram.

Ando numa fase de, dissussiando as pessoas, olhar para situações em que fiquei dorida, ou deveria ter ficado... e perceber. Juntar peças do meu puzzle.

 

E no fim? No fim sou tão cliché, como a "rapariga do lado". Não há cá intelectualóide.

Realmente, não há liberdade como a de dizer o que sentimos, mesmo que isso não seja compreendido, ou aceite.

Realmente, não há Amor como o 1º. Ao ponto de me chegar a questionar se voltei a amar "assim".

Realmente, ganhamos medos, com a idade.

Realmente, transformamo-nos nos nossos pais, por muito pouco, ou nada, que nos reconheçamos neles.

Ao fim e ao cabo?

Viver é muita coisa.

Incluindo, brincar com o tempo.