Again, eu sou o homem da relação:
Ao longo dos anos - e agora é que se me deu a luz: o blogue celebra 4 anos, este mês!!! - já por várias ocasiões brinquei com o facto do m-R ser "mais gaija" que eu, pelo menos nalguns dos momentos em que a sociedade "está à espera".
Ele é mais de PDAs, ele é mais carinhoso a falar, ele instituiu a "regra" de me chamar "amor". Ele é mais sorridente e mais easy-going. Ele gosta de fazer pandant com as minhas roupas. Ele tem sempre um elogio e um piropo para mim, todos os dias. Ele faz tudo, para me fazer sorrir. E é o primeiro a dar-me miminhos quando vê que eu tive um dia difícil - muitas vezes tenho que lho ir dizendo, mas ele está a aprender, isto é um processo.
Eu sou mais séria, mais reservada. Trato-o pelo nome, especialmente em público. Guardo as PDAs e as preocupações para casa: nunca me esqueço de uma data, ouço tudo o que ele diz (mesmo quando não percebo) para o poder ajudar quando ele chega a casa estoirado e sem ideias. Faço o pequeno-almoço todos os dias, levo-lho à cama aos fins-de-semana. Partilho as coisas fófinhas mal as vejo, por messenger, seja a que hora for. Eu dou-lhe o beijinho de boas noites, e desejo-lhe bons sonhos, todas as noites - longe ou perto.
Acho que somos muito complementares. Muito opposites atract
Um dos dias mais engraçados para nós é mesmo o Ballentines. Porque não temos grandes expectativas. Se bem que ele este ano, passou-me a perna
Raramente fazemos o que os outros casais fazem. E muito menos no próprio do dia - resquícios de termos namorado à distância
Este ano já tenho as lembranças compradas e embrulhadas. A "nossa noite" vai ser a ver Skunk Anansie, dia 11, com uma amiga. E talvez uma refeição fora, dia 12.
Qual não é o meu espanto quando ontem, ele me pergunta todo preocupado: então e o Ballentines?
Seguiu-se uma conversa que me faz parecer a fulana mais macho dos relacionamentos:
m-M: Ballentines? Para quê? Já não vamos ver o concerto?
m-R: Sim, mas e mais nada? Devíamos fazer qualquer coisa...
m-M: Vamos trocar lembranças. Nem penses em aproximar-te de restaurantes ou cinemas no dia 14. Que, ainda por cima é a meio da semana. Não te ponhas com ideias!
m-R: Mas e não há fim-de-semana Ballentines? - again, resquícios de namoro à distância
m-M: Há, é a ida ao concerto. Vá, vamos os dois almoçar bem e nas nas calmas antes, e damos um passeio pela baixa, que eu sei que gostamos sempre (é tipo a nossa tradição no dia 14, desde que eu me mudei para Lisboa...). Mas não dês demasiada importância à data, não é das "nossas", sabes que eu não ligo nenhum. E a gastar dinheiro, que seja noutros dias, mais bonitos para nós.
m-R: Aaah assim está bem! Estava todo trocado, pensei que 14 era um sábado e que me tinha esquecido de pensar bem nas coisas. Não estou a dizer que te levo ao Ritz, quero é aproveitar para fazer a nossa extravagância do mês nesse fim-de-semana.
É oficial. Se os novos vizinhos nos conseguem ouvir, eu sou uma namorada gélida, sem pontinha de romantismo