Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Isto de agora trabalhar com espanhóis - que ainda a gozar as suas Férias/Festas - e de, lá em casa, ser fim-de-semana de "festa"... deixou-me a pensar:
Acendo uma velinha ao lado do presépio - a representar a Estrela-Guia, porque não quero que o meu "primo", Menino Jesus, fique sem presentes
Só desmonto a árvore a partir de manhã.
Mas não faço mais nada
Ok, ok. Faço. Peguilho com o m-R, que é Ateu, e digo-lhe que fica lá tudo, pelo menos até amanhã, para celebrar o nascimento dele, que é o Deus lá de casa, a seguir ao Snape, CLARO!
Hoje já ouvi falar em comprar Bolo-Rei de propósito. Em beber jeropiga (eu acho é que o pessoal quer é desculpas pra buber!). Em fazer carne assada com especiarias. E mesmo em abrir UM presente que guardaram para HOJE
E dou por mim a pensar: esta data também já se globalizou? Já é motivo para mais compras e tal? (eu sei, eu sei, os Saldos ajudam...) MacLuhan deve estar aos saltinhos, na sua tumba, de ter previsto isto tudo...
Começou esta semana, na Fox Comedy, a transmissão da sitcom "The Mindy Project".
Bem sei que a série em si já tem uns 3 anos (?), mas eu não sou gaija de ir consumir séries à net. Eu gosto da ansiedade e "lealdade" da TV...
Do que me lembro de ler... era suposto a série ser gira, engraçada, até inovadora com laivos de combate ao racismo, preconceito e bastante femininismo - pelo menos na 1ª temporada. Quando a série "estoirou" na net, lembro-me de ter ficado bastante interessada...
Agora comecei a ver... e é de mim ou a série é fraca? Vazia, um monte de clichés.
Sim, toca os pontos falados acima, mas sempre ao de leve. Sempre na perspetiva de uma rapariga de 20 e muitos, bem sucedida, mas que "só quer um homem", em que quase todos podem ser "carne para canhão", desde que ela não acabe sozinha. Cheia de inseguranças e frases feitas.
Ainda ontem, no episódio, Mindy tentava convencer a vizinha de 15 anos a pensar bem antes de iniciar a vida sexual com o namoradito de escola.
E em vez de ser descrita como uma mulher madura, médica genecologista, com "conhecimento de causa", escrevem-na como uma vizinha mais velha, chocada com o crescimento da miúda, que repete "frases de velha" para meter medo à miúda... e que vai à escola falar com o namoradito da vizinha, mas só faz figuras tristes.
É assim tão difícil escrever uma boa personagem principal feminina? Assim badass, evoluída, com conhecimentos.
Cansa os anos passarem e os argumentistas irem sempre pelo caminho batido...
E ainda há gente que fala mal de Two Broke Girls - ao menos a contextualização socio-economica é realista, a análise antropológica consegue (nem todos os dias, mas consegue) ser engraçada e têm boas personagens femininas...