Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Pois é... chegou "aquela semana": os 5 dias úteis após o Ano Novo, que é como quem diz, o tempo que eu tenho, para fazer um miminho DIY para o m-R, que faz anos já no Sábado!
Mas eu gosto de oferecer algo especial, feito por mim - por muito tosco e torto que fique - ao m-R, que ele já sofre de fazer anos no aftermath destas festas todas.
Este ano não há grande celebração social, dado que ele tem um concerto de 6ª para sábado e assim já estará com os amigos mais relevantes.
A escolha dele, este ano, recaiu em almoçar com os pais, a madrasta e as meias-irmãs. E jantarmos a dois.
Ontem até já escolhemos onde vamos jantar - fica-nos a faltar restaurante para "enfiar" Sogrinho querido, que vá de encontro a todas as suas exigências - que é para não passarmos o resto do mês a levar "bocas" - alguém tem ideia de um restaurante de comdinha boa, com ar assim quase para o fancy e que não fique pelos olhos da cara, em Lisboa? - é que eu gastei as minhas "ideias todas" ao escolher o restaurante para o jantar a 2, que é muito mais importante!!! -> Ajudinha 1!
Agora faltam-me ideias para o presente DIY.
Este ano já vi pela net, que está muito na moda oferecer uma caixinha, embelezada à mão, com 365 papelinhos com os motivos porque amamos x pessoa. É fofo, que é, mas eu tenho 4 dias e meio para ter a prenda pronta!
E bem corro o Pinterest, mas nada me faz clique.
Estamos a falar de um Inginheiro, que gosta de pequenas coisinhas, sentimentais - e que as guarda numa caixinha só dele. Que é geek e Apple fan boy, que gosta de chocolate... que é metaleiro, mas um soft at heart. -> Ajudinha 2!
Sim, sou uma off-trender - e se a palavra não existe, acabei de a inventar! Pimbas! 2017 já está a ser frutífero
No Natal, e juro-vos que não foi "de propósito"!, fiquei desconsolada: o bacalhau foi bom e comi batata assada na lareira pela 1ª vez na vidinha - e olhem que é bem bom! - mas faltaram-me OS GRELOS com alhinho. E rabanadas. E aletria.
Literalmente, "comi e calei", que não estava em minha casa, e a avó do m-R já estava triste que chegasse com as confusões familiares todas...
Mas comi pouco, o pouco não me soube a "Natal" e então não houve cá engordar e sentir-me identificada nos muitos memes da internet.
Já o Ano Novo foi o oposto: O bacalhau foi com presunto, este ano - a minha mãe lembrou-se de inovar - e não houve leitão no 1º dia do ano...
Mas tomei como "batalha pessoal" e desforrei-me nos doces: ela foi sonhos, ela foi bolo-rei, ela foi rabanadas, ela foi pão-de-ló com queijo (e uma garrafa de licor de After-Eight caseiro, pequniiiina, sozinha, mas não digam nada a ninguém! ). E frutos secos nos intervalos para não me sentir uma completa enfardadeira. foi o momento eu quasi pareço fit, a ver se engano alguém.
Hoje sim, sinto-me parte da trend engordei, mas eu cá sou do contra, foi no Rébelhoum. Que é para não ser igual à maioria
Com a sorte que o Universo me brinda, mais ou menos como há 4 anos. Com o m-R pelo braço, uma nota na mão, uma moeda guardada "num sítio menos próprio", um vestido novo, umas cuequinhas azuis... e óculos de sol, e pomada anti-bacteriana e gotas oftalmológicas.
Aaaah pois é, bebé(s)!
O penúltimo dia de 2016 brindou-me com uma conjuntivite vírica aguda.
Após ter dito adeus - com o maior gosto do mundo! - a 75% do meu cabelo, nas mãos mágicas do Carlos (querem um post sobre isto? Olhem que até fotos à quantidade de cabelo que ficou no chão, eu tirei!), após ter passeado nas ruas da baixa do Porto, debaixo de um sol quentinho. Depois de ter visto as pontes, enquanto atravessava para Gaia, no comboio (e iam 5 anos que não o fazia!). Depois de ter feito uma sopinha boa, mas boa, mas que não me aquecia as mãos por nada...
Eram 22h de dia 30 e o meu olho esquerdo inchou, aqueceu, triplicou de tamanho. Qual ode a Camões e a Mohamed Ali.
Toca de limpar com soro, de lubrificar com lágrimas artificiais, de tentar acalmar com gelo... e as mãos, nada de aquecer.
Dia 31, a medo, lá me dirigi ao hospital. A medo.
Não queria passar o ano *lá*. E não queria antibióticos, porque Rébelhoum é champanhe, carago!
Toca de deixar largas dezenas de A€urios no hospital, e na farmácia - Porto, começo a achar que sentes falta da minha contribuição financeira para o crescimento da cidade, e pimbas! Toca de me ir ao bolso...
Fui-me abaixo, na minha futilidade.
De repente, o facto de mal ver de um olho, não me deixava ver, de todo, o quão gira me sentia com menos 75% de cabelo. O quão leve me sentia e mais próxima de mim, depois de ter tirado um dia em que me centrei em mim, levantei veus, em conversas com uma conhecida - sem medo da cara de choque.
Sim, vesti a roupa nova e cumpri os preceitos. Mas nada de make-up e fugi de fotografias como o diabo da cruz. Até porque parecia uma Diva de Hollywood em decadência, a passear os meus óculos de sol: da sala, para o sofá; da cozinha, para a sala...
O Ano chegou, com 12 passas, o meu m-R, o meu afilhado, o beijo na testa do meu pai, a alegria da minha sobirnha L. e muuuuuuuuita comidinha boa.
O Ano Novo chegou e eu, que nunca tinha feito isso, tirei os meus segundos para agradecer quem lá tive comigo, quem eu amo, a mesa farta e rodeada de gente.
O Ano Novo chegou comigo debilitada e com ordens médicas para, pelo menos uma semana. E comichão e dores e olhos inchados. E o raio das mãos frias, que não aquecem.
Mas chegou. E eu estou com ele, nele. Feliz de ontem ter chegado a casa e ter adormecido abraçada, com o Snape aos meus pés. Numa fusão perfeita de evolução, amor e continuação - que nenhuma conjuntivite vírica aguda, ou mãos frias! - podem abalar - desde que ninguém me tire fotografias.