Conto de Natal do Sogrinho - 2016 edition
Natal não seria Natal sem um conto do Sogrinho querido, pois não?
Vocês sabem que eu me estava a preparar para o pior...
A verdade é que o hóme voltou a surpreender, e nem foi pela positiva... a mando da sua 3ª mulher, não passou o Natal com o m-R. Recambiou a outra filha para a mãe (a 2ª mulher) e ficou a 100 kms a passar o Natal. - eu sei que pedi distância, mas também não era preciso o filho da mãe do Sogrinho acabar a ignorar o prórpio filho. E pior, a sua própria mãe!
Passo a explicar: sendo m-R um filho do divórcio, a "regra é": Natal sim, Natal não, passa com o pai. Intercalando a mãe e a minha família. Ou seja, Consoada com Sogrinho, só daqui a 2 anos (YUPI!), mas não sem o ouvir a queixar-se e a mandar bocas sobre o "não ver o filho de Natal", nas próximas duas épocas natalícias...
Este ano era ano de passar o Natal com o Sogrinho, na casa de Praia da avó-paterna do m-R.
Estranhamos quando, a 3 semanas do Natal, a avó-paterna nos liga a dizer: "o teu pai não me diz nada sobre como quer o Natal (sim, porque a Senhora vive para agradar ao meu Sogrinho querido e só faz o que ele indica), por isso olha, estou-vos a convidar para a Consoada".
O m-R, sabendo a "peça" que tem, liga para o pai e de lá ouvimos um maravilhoso "este ano a M. (3ª mulher) está com problemas familiares, e eu estou com ela, lá para dia 24 digo-te se faço alguma coisa e como é o que vou fazer".
Ficamos os 2 a olhar um para o outro.
Quer dizer... Sogrinho querido não se dignou a sequer pensar em passar só o raio do jantar com a própria mãe e o próprio filho, nem mostrou interesse. Nada contra o Amor, mas ele TEM família para além da 3ª mulher... Maaaaas ficou em Alverca, com a 3ª mulher, que pelos vistos precisava muito dele... Nem os pais visitou, nem lhes telefonou, durante a noite.
Foi um Natal estranho. Simpatizo com os avós do m-R, mas não temos propriamente relação, dado ao veneno que Sogrinho querido destila sobre mim. Foi triste vê-los sozinhos - o outro filho foi lá comer e abalou para ir ter com a namorada. O avô do m-R está a passar por uma depressão (não está a saber lidar com a reforma, afinal de contas, trabalhou 55 anos dos seus 70 de vida...). E acabamos nós por ser a companhia e a dinâmica desta Consoada.
Mesa farta, lareira acessa - eu com mais presentes do que toda a gente (o que foi bastante estranho, diga-se de passagem...)... O que só mostra que dinheiro vale zero, o importante deveria ser família, ou pelo menos, respeito e consideração.
Mas nada disso diminuiu a tristeza que eu vi nos olhos daquele casal... tudo, cortesia deste Sogrinho querido, pessoa das mais egoístas que já vi.
Já eu e o m-R sentimo-nos mais próximos do que nunca.
Com a noção que o Natal não vai ser uma época fácil por todas estas pessoas tóxicas que nos rodeiam, seja em que ano for - do lado dele e do meu - mas, pela 1ª vez, levamos o Natal, focados um no outro, como verdadeira família que somos (um do outro e um para o outro).
E essa, confesso-vos aqui, foi das minhas maiores alegrias deste ano!
P.S - Sogrinho querido este ano DEU-ME um presente - será que finalmente percebeu que pagar o seguro do carro do m-R "não me enche a barriga" a MIM? - um livro. Ok, sounds nice.
Não fosse ser de um autor que, apesar de conceituado, nunca li e não me "chama".
A ver vamos. Pior das hipóteses, vai parar a este grupinho (que ainda está disponível) ou é oferecido a alguém que eu saiba que goste, mal tenha a oportunidade