Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Ora, um ano depois, m-M Maria resolveu voltar a dar um nova verdadeira tentativa às lentes de contacto!
Elas são confortáveis, elas deixam-me os olhos mais bonitos, elas são super naturais.
Vendo bem, o problema não está nelas!
In fact, o optometrista diz que é provável que até volte a ver um bocadinho melhor e que me diminua a frequência das enxaquecas...
Mas vá, não me habituei.
Demoro uns quase 10 minutos a coloca-las de manhã.
E demoro perto de 20 a tirá-las ao fim do dia - e 80% das vezes preciso de ajuda!
O mais bonito é que até já passei uma "vergonha": fui ao optometrista ter "aulas de lentes de contacto" e não é que lá correu tudo bem? [O respeito é lindo!]
Este fim-de-semana voltei a olhar para as lentes com as saudades de quem queria mesmo tentar outra vez - qual paixão assolapada perdida...
E estou desde domingo de novo na tentativa.
Bufo ao espelho, insulto as lentes, peço ao m-R para impor respieto às lentes - sim, eu acredito que as lentes nos ouvem... ahahah
Agora, pelos meus lindos olhos, literalmente: quem desse lado usa lentes de contacto?
Têm dicas para facilitar a habituação? O por e tirar?
Vocês sabem que eu não sou moça cor-de-rosa para desatar a olhar para a família do m-R, automaticamente como minha, "apenas" porque queremos viver longos anos juntos, quiçá, o restinho dos nossos 50 anos (?) que nos faltam?
É verdade que a minha mãe o adora - mas a minha mãe tem um soft spot pelos genros! É verdade que o meu pai se baba todo porque o meu Rapaz é eletricista como ele. E confesso-vos que vê.los, aos dois, de volta de fios e projetos me deixa com o coração quentinho! E é ainda mais verdade que o meu sobrinho-afilhado tem uma paixão pelo m-R ao nível adolescente <3 Justin Bieber!
Mas eu, o meu lado introvertido, o meu lado medroso, o meu lado que acha que ninguém gosta de mim, porque não vale a pena... demorei a olhar assim para a família do m-R.
Não vejam isto de forma errada: o lado feminino ADORA-ME. Tratam-me super bem, nas datas mais "difíceis" por motivos familiares, desdobram-se para me fazer as vontades!
E eu, de minha parte, desdobro-me em simpatia e lembranças - fazer um bolinho, lembrar o m-R que é dia de ligar à avó, apresentar-lhes a casa em 1º lugar... - mas por medo de acharem que "agora era tudo para mim e sobre mim", mantive o espaço deles.
Não imaginam o quanto o meu coração se derreteu no domingo.
A Sogrinha ligou-me no sábado à tarde, a convidar para almoçar no domingo, porque tinha saudades minhas. E porque chegou o outono, sinónimo de almoços de domingo "em família"*.
E ouvir a avó do m-R a chamar-me de neta? A dizer-me que agora tem mais um motivo para viver mais anos, porque tem "uma neta"*.
Logo eu, que sou órfã de avó, em vida.
Mesmo a tempo de chegar o Natal, e de eu passar mais um Natal longe da minha família, o Universo encarrega-se de me mostrar que: casa nova, família nova.
E que eu devo habituar-me à ideia que já cá não estou de passagem, nem sou uma intrusa.