Parecem os aniversários em 1993
Ainda no sábado a A. me perguntava quão nervosa estou eu com o jantar de sábado, para ver em que níveis anda a minha ansiedade.
Respondi-lhe com a verdade: a ansiedade este ano está, sobretudo, em querer que a comidinha esteja boa. Que esteja saborosa, apetitosa e que todos gostem.
"Fora isso", este ano, no espectro oposto do ano passado,convidei só quem quis. Quem, dos que estão por perto, quero mesmo aturar.
Numa tentativa de me sentir melhor em "eventos sociais" e baixar a minha ansiedade de fugir do restaurante, porque meia hora depois estou aborrecida e já não quero que ninguém me veja, este ano, olhei à minha volta e pensai: "quem merece estar presente?"
Eu sei, soa(-vos) arrogante. Mas tenho percebido que, na ânsia da aceitação externa e do estar rodeada, me deixei de preocupar comigo.
Este ano nada disso. Somos "poucos", segundo algumas bitolas, mas, confesso, que são mais pessoas do que as que pensei que ianm responder positivamente. Não tendo cá os meus pais e família, tenho a My Cristina, que vai fazer 320km para jantar comigo. E vou ter quase 2 mãos cheias de quem é amigo, de quem me fez rir por rir, no último ano (e faltam pessoas que têm motivos muuuuuuuuito válidos para não lá estar).
Exatamente porque ando a tentar aprender/melhorar às minhas técnicas de agradecimento. Expressar melhor a gratidão que sinto cá dentro - eu não tenho jeitinho nenhum para mostrar aos outros o que sinto, verdadeiramente - aaai se a vida fosse um conjunto de cartas e textos, era-me tão mais fácil....
Resultado: vou comprar um miminho para por em cada lugar, na mesa.
Quero imprimir um cartaz para centro de mesa.
Ando aqui às voltas, a sentir-me em 1993, quando, pequeninos, faziamos os goodie bags para oferecer aos amigos, nas festas de aniversário.
O Jumbo me aguarda, mais logo, ao fim do dia!
Vá, vou reformular então.
O que(m) é que me aumenta os níveis de ansiedade, para sábado?
Eu.
E pensar na comidinha, que quero que esteja boua, mas boua.