Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Já estou a trabalhar neles, mas caraças, voltaram em força.
Demasiadas mudanças.
Na minha vida.
Na nossa vida.
Nas pessoas que me rodeiam.
É o ambiente no trabalho.
É problemas com a casa alugada e o não ter certezas quanto à que vamos comprar - e ter o relógio em contagem decrescente.
É pessoas a mudarem da água para o vinho, à frente dos meus olhos. Pessoas que magoam, que diminuem, que usam e se aproveitam.
Para terem noção, o m-R anda a tomar Valdispert antes de dormimr.
Eu?
Fico meia-hora a olhar para o tecto, até conseguir adormecer - valha-nos, que temos feito o esforço de nos deitarmos mais cedo... já sabemos a merda treta de noite que vamos ter, né?
Venho o caminho para o trabalho a respirar fundo, focada no projeto que vou entregar hoje e no dia de Férias que tenho na 6ª feira.
Volto para casa sem ponta de energia - mas ontem lá tive uma aula de bateria de 45 minutos. (E nem o bater nos pratos me ajudou.)
Estou naquele ponto em que se deixasse, a tristeza tomava conta.
Há duas semanas fomos turistar. Aproveitar o fim do dia. Caminhar.
Deixamos os planos na gaveta, deixamo-nos aproveitar o dia.
Fizemos a nossa "voltinha dos pobres": fomos de metro até à Baixa e depois caminhamos até ao Terreiro do Paço, até ao Caís das Colunas, até ao caminho modernizado que liga ao Cais do Sodré - que está mais esburacado do que o Porto, nos idos do Porto 2001...
Caminhamos, de braços dados. A olhar para a pessoa que estava ao nosso lado. "Sem tempo" para tirar fotos.
Foi uma daqueles momentos em que, podendo, os olhos, seriam as nossas máquinas, a cada piscar de olhos.
E demos por nós na zona do Martim Moniz.
Eu, Portuense, sempre ouvi "histórias cruzadas":
É preigoso. É uma confusão. É muito bonito. É a maior mistura de culturas que possas imaginar!
Chegamos no final das celebrações do Ano Novo Chinês.
As lanternas vermelhas ainda bailavam ao vento. O Dragão "reciclado" sai do chão do Fusion Park para nos receber.
Fiquei imediatamente apaixonada: Rolottes de comida de todos os cantos do mundo, grupos de pessoas (todas a rondar as nossas idades) a falar todos os dialétos que podia esperar (mandarim, japonês, criolo, argentino, brasileiro...), mesas improvisadas, pessoas a fazer piqueniques, nos jardins, ao luar.
Fomos descobrir a culinária argentina e peruana. Mas terminamos a noite a aquecer a alma com sopinha chinesa!
Como ainda era cedo, arriscamo-nos e entramos num SUPER mercado asiático.
E sim, viemos de lá com os olhos em bico!
Todas as variedades de dumplings imaginárias. Noodles de batata doce! Doces de fazer babar!
Vimos toooodos aqueles ingradientes que só os chefs têm no 24kitchen ou no Food Channel. E já fizemos a promessa de os tentar visitar pelo menos mês sim, mês não.
Para casa trouxemos pudimzinhos de arroz (Moschi) com recheio de amora... a textura é a de um bolo mal cozido, mas os sabores eram fantásticos!