Eu sei que ainda falta falar de...
... um monte de assuntos glamourosos, como a minha ida aos Saldos.
Como usei o cartão de alimentação para não dar um rombo na minha conta bancária.
Como os planos para Sábado.
Mas a verdade é que ando em baixo.
"Uso" o blogue para me distrair. Para me distrair convosco. Para pensar em coisas mais leves.
Para me sentir a "crescer" e a fazer parte de projetos novos.
Mas a precaridade, a equipa volátil... povoam os meus dias.
A última conversa familiar com a minha mãe ainda me doi cá dentro.
Ouvi da minha mãe uma frase que nunca imaginei, muito menos vinda dela. Ela, que supostamente, me conhece melhor do que ninguém.
Percebi o quão pouco significo para a minha irmã. Eu que lhe dediquei tudo de mim e lhe "esqueci" magoares "inesqucíveis".
Percebi que quem me rodeia e supostamente me ama não vê a minha mudança de vida como um passo de crescimento, mas sim um salto de afastamento.
Ninguém da minha família conhece o meu blogue.
Ninguém lê as dores, as saudades, os esforços que partilho aqui, que faço por e para eles.
E cheguei a uma época da minha vida em que me pergunto se faria alguma diferença eles lerem ou saberem.
Ultimamente pergunto-me: será que me conhecem de todo? Será que fui eu que mudei, sem dar conta?
A verdade é que "tristemente"... neste momento, a minha família é o m-R e os quadrixanos.
E doi, doi chegar aos 29, lutar tanto na vida, dar tanto - para chegar a esta conclusão.