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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Qui | 19.03.15

Vale a pena, digo-vos:

Foi dos melhores programas sociais desde que vim para Lisboa: Ir à Monstra ver a ante-estreia nacional da "Ovelha Choné"!

Saí do trabalho, fui para lá de metro, onde o m-R já me esperava.

Corremos até ao outro lado da rua para jantar - que o S. Jorge já estava cheio até à rolha!

Ficamos a conhecer a MadPizza, que AMA-MOS! Pizzas de massa integral, ingredientes super frescos, das melhores limonadas "fora de casa" e um atendimento espetacular para "fast-food". Eu já estou morta por ter desculpas para lá ir provar a "Divine", o raio da pizza ficou-me debaixo de olho!

Corremos para a sala Manoel de Oliveira, ouvimos o discurso todo british dos realizadores, cheio de humor sarcástico - tal como "tinha" que ser.

A sala estava equilibrada em idades (mesmo!) de crianças de 4/5 anos a pessoal com 50s! Acompanhado de olhos muito arregalados e pequenas vozes que perguntavam: "Mas os adultos também gostam da Choné?"

Lá começou 1 hora e 25 minutos de magia :) Piadas do princípio ao fim, boa banda sonora, ótimo plot line. Gargalhadas pelo meio, eu a falar para as personagens, eu a fazer "aaawwwwwn". O m-R adorou - ele foi lá por minha causa e acabou a sair mais encantado do que eu!

Trouxemos para casa a barriguinha bem cheia (sim, mesmo 2 horas e tal depois), um sorriso na cara, um sentimento de "para sempre crianças" e um monte de piadas privadas, que só são privadas porque não quero fazer spoillers do filme!

Só posso dizer: pais e mães, adultos viciadões em Ovelha Choné, Timmy, Sherley, Blitser..., pessoal que gosta de animação.

Vale a pena, mal ele estreie em Setembro, ide ver!

Vão sair de lá encantados, digo-vos! 

Qui | 19.03.15

É o meu 1º.

É o meu 1º dia do Pai sem ver o meu Pai.

Sem saber que o vou abraçar ao fim do dia. Sem lhe entregar um qualquer miminho - o presente dele, este ano, vai ser entregue simultaneamente com o do Dia da Mãe...

Ouvi-lo dizer que o "dia do Pai não interessa" porque "importante é o Dia da Mãe".

Vê-lo sorrir aos desenhos que o meu sobrinho afilhado faz a dobrar, no Dia do Pai, porque o Avô também é Pai.

É estranho, pensar que ele passa o dia sem mim, sem "metade" de quem o faz Pai. E saber que ele, à maneira direta dele, já deve ter dado por isso.

Ele é reservado, embora muito extrovertido. Sério, embora o homem mais engraçado do mundo. Dado, embora nosso. Super-Pai, embora humano. Os maiores sorrisos do mundo e as lágrimas mais fortes foram resultado nosso, das filhas. ele é o meu Pai, o Senhor, de quase 66 anos, que nunca passa despercebido, mas que eu vou percebendo melhor, de ano para ano. É o meu protetor silencioso, o super-preocupado sem ser sufocador, o disciplinador que tenta sempre ter razão.

É meu. É nosso. É o melhor que nos poderia ter sido entregue pelo Universo.

Não tem computador, não usa a internet, sabe lá o que é um bçpgue ou o Facebook... mas tem uma gaveta só dedicada a todos os presentes e trabalhos manuais que a minha irmã, eu e agora o meu sobrinho-afilhado lhe fizemos ou dedicamos. Tem uma fotografia passe, de cada um de nós, na carteira. Tem o crucifíxo que lhe oferecemos há uns 15 anos atrás, todos os dias, ao pescoço.

E é por isso, que neste dia, neste 1º dia, me sinto como que a falhar. Sem me esquecer.

Por isso é que hoje, todas as expressões de amor pelos Pais do Mundo me parecem vazias, àquem - por muito que o Amor seja o mesmo.

Por isso é que hoje, aturar o Sogrinho é (ainda mais) doloroso e sem sentido.

Porque hoje é o 1º dia do Pai, sem ver o meu Pai, na minha vida.

Não há imagem da internet que possa por aqui. Não há citação que descreba amor + saudade + distância + ter que fazer de conta que é um dia igual aos outros.

É o dia em que o meu Amor vai ter que abafar a Saudade e passar pelos fios do telefone, em segundos, até ao Porto, até à casa dos meus pais, até ao beijinho na testa que hoje não recebo.