Sim, eu vejo Grey's Anatomy
Vá... já vejo metade dos leitores a fazerem cara feia e a prometerem não mais cá voltar.
Mas é verdade. Vejo.
Já fui fãzaça de saber as falas e os episódios e chorar e rir com aquelas personagens, como se eles soubessem que eu estava em frente à Tv, todas as semanas.
À temporada 8 o encanto perdeu-se. ("Nasceu" o meu casal favorito do momento - o Jackson, aaaaaah o hem lindo e a April, que era irritante mas agora é fofa - mas morreu-se-me o encanto geral).
Este ano, esta temporada 11, voltei. Não pela série ou por achar que o encanto ressuscite. Isso só o "primo Jesus" e olhem lá!
É mesmo pela My Cristina. Pela minha pessoa.
"Afastei-me" 310 km físicos dela. Não "posso" afastar-me da série que nos fez olhar uma para a outra e dizer "elas são mesmo a mesma pessoa". Que nos provou que, para meio mundo ter "uma pessoa" é fruto das ideias loucas (iluminadas a petróile) da Shonda, para para NÓS, é NÓS. Há que salvar parboeiras na nossa relação, e que esta seja uma delas. Pelo bem das minhas "raízes" mentais.
E ontem, horas antes de começar um episódio que até me fez verter uma lagrimita no canto do olho... enviei-lhe isto:
Porque ela é a minha alma gémea.
Porque viver a 310 km dela em vez de a 10 minutos é como ter que ver da temporada 7 para a frente. É como ver a Sandra Oh ir para a Suiça.
É saber que o Amor está "cá". Sempre, dito na voz interior do Severus Snape à mãe do Harry Potter. É NOSSO. Mas lhe falta a perfeição da vida de há 5 "míseros" anos.
De quantos andares construímos, quantas maçãs comemos, quantas reformas planeamos... entretanto.
E que a nossa vida muda. Oh sim! E se complica. Pois claro! E a Vida nos tenta pregar a rasteira de nos fazer pensar "aaah que lhe estou a falhar e ela não vai gostar mais de mim"? Alguns dias.
Mas depois há momentos como os de ontem, em que eu, aninhada na cama, a morrer de dores, sei que a "minha Cristina" me leu e esteve de braço dado comigo, o episódio inteiro.
Almas gémeas. É no que Grey's Anatomy me deixa a pensar.