Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
A minha mãe está a enfrentar o 4º cancro. o regresso do 3º tumor, que nós achávamos que tínhamos vencido em 2013.
Fui ao chão. Revoltei-me.
Logo no ano da reforma do meu pai. Logo quando a minha mãe, com tantas sequelas de tratamentos tão agressivos em 2011-12, re-começou a viver e a ansiar.
Logo quando eu vou fazer 30, a minha irmã 35. Que eles já não têm que se preocupar tanto.
O bicho deve achar que é sempre bem-vindo lá em casa.
Que se não estamos ocupados a dar voltas à vida, pode vir ele tirar-nos o tapete.
Foi este o motivo de mais de um mês sem escrever.
Berrei, chorei, mentalizei-me, pedi aos céus. A quem já lá está, que não a leve ainda.
Valeram-me as meninas que devem pensar que sou louca. Mas que me aturam.
Vale-me o m-R que me percebe. A Sogrinha que me sorriu e que me pergunta todos os dias como eu estou.
Dias depois recebi a notícia, que desde 6ª feira é oficial: vou ser tia, pela 2ª vez.
A minha irmã vai ter (ao que tudo indica) uma menina. O meu afilhado terá uma maninha pouco depois de celebrar a sua 1ª década.
Eu estou feliz. Sonho que ela vá ter o meu 2º nome.
Mas temo, temo muito.
Peço todos os dias, no mais fundo do meu ser que este não seja um sinal de que chega uma vida nova para suplantar a partida de quem cá esteja.
Sou supersticiosa, não é novidade para ninguém.
Peço, todos os dias, que, mal ela nasça, possamos ser 8 à mesa, por muito e bom tempo.