Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
A matar saudades dos meus pais. Da minha irmã, do meu afilhado, do meu cunhado.
Lingerie séqueci da Women's Secret (azul clarinha, claro!), blusa oferecida pelo m-R, mini-saia de napa da H&M, os meus adorados pumps vintage 34. O meu super-batom vermelho da Kiko, os produtos maravilha da Enchanted Beauty.
Uma nota, uma moeda na mão, 12 passas, 12 desejos pensados antes - que eu não sou de os descurar.
O 3º beijo de bom-ano-boa-sorte ao m-R, da nossa história. Que se repita por muitos e muitos anos.
O olhar tranquilo do meu pai ao contar 7 na mesa. O sorriso orgulhoso da minha mãe, de ter as duas crias debaixo de olho.
A fotografia mais bonita de família que alguma vez alguém nos tirou.
Amigos que regressaram à vida dos meus pais, para que eles possam agora aproveitar os frutos de uma vida de trabalho e esforço.
Ser considerada a rapariga mais gira da mesa.
Muitos brindes.
E trocar os presentes "atrasados", que toda a gente adorou. E comer leitão no almoço de dia 1.
Dizer "até já" ao Porto, ainda com Sol.
Agora vivo sem datas para regressar (a falta de dinheiro assim o obriga...), mas sei sempre que "não falta muito".
Os dois receberam uma embalagem de almondegas com legumes e tal e coisa. E um pequeno-almoço na sala, connosco e mimo sem fim. Que resultaram em 2 fotografias impagáveis (claro que as fotos, como sempre, estão no Iphosga-se do m-R).
A casa?
Para além da mobília de sala e do móvel de cozinha novos, presentes dos meus pais e da mãe dele. Recebemos um grelhador de pedra (eu sou louca por naco na pedra e finalmente vou poder fazer em casa MUAHAHAH!), um conjunto de decanter e copos de cristal da Bavária, um conjunto de texteis de cozinha, um saleiro e pimenteiro e um conjunto de garrafeira da Loja do Gato Preto. Bebidas álcoólicas. Mais um globo de neve (de Natal) para a coleção. 4 caixas de bombons.
E o coração quentinho de, mesmo com dificuldades, ver a casa a compor-se.
Eeeeeeeeeeeee no próprio dia de Natal cabou-se o "bem-bom".
13 horas, almoço na casa dos avós paternos do m-R, à beira-mar. Com o Sogrinho e a mulher nº 3.
Chegar lá 7 minutos atrasados e ver o Sogrinho querido de pijama na sala "porque em minha casa - que não é a dele... - m-M também trabalhas". Eu, uma hora de pé a descascar batatas, a ajudar a avó do m-R que ficou sozinha na cozinha porque a mulher nº 3 foi tomar um banho de 40 minutos antes do resto da família chegar. Saiu do banho para "julgar" o meu arroz de alhos. Espétáculo, né? Pois...
Olho para a mesa e somos 13. Ora fod@-s€. Eu sou supersticiosa e pimbas, o azar calhou-me a mim.
Embora o resto da família me tenha tratado bem e até tenhamos recebido presentes que precisavamos para casa. Até ver o avó do m-R encantado por mim e pelo presente que escolhi para ele (ver um avó aquece-me sempre o coração, faz-me pensar que o meu avó-Anjo nunca me deixa sozinha).
Maaaaaaaaaaaas a melhor parte vem aí.
O presente do sogrinho e da mulher nº 3: um envelope com o nome dos 2. Ok...
Lá dentro? Um "vale" com o valor do seguro do carro do m-R. Sim, do carro DELE. Um vale impresso em casa, com o nome DELE, uma foto DELE. Eu? só existi no envelope de fora.
Supostamente o sogrinho deve achar que o carro do m-R e o seu maravilhoso vale-seguro nos pagam a renda. Ou que EU vivo no carro e ele na casa.
Só sei que eu nem reagi porque, na 1ª meia-hora nem pensei que fosse verdade que o homemzinho tivesse aquela lata toda. O m-R? Morreu de vergolha. Deu voltas ao envelope à espera que, por magia, caísse de lá algo para mim. Vociferou contra o pai o caminho todo para casa. Diz que para o ano lhe serve a vingança fria (sim, eu este ano impulsionei a que os 2 se aproximassem, comprei prendas separadas para o Sogrinho e mulher nº 3, que, btw adoraram!). Eu tanto me ria, como me apetecia aparecer em casa do Sogrinho com o meu seguro do MEU carro, a ver se ele pagava, com um vale e tal e coisa.
Mas sabem que mais? Aproveitei o Sol, o voltar a ter "avós - plural", o estar perto da praia e acabamos o nosso dia de Natal a ver o por-do-dol com os pés na areia.
Não acordar com a casa a cheirar a rabanadas feitas pela minha mãe. Não ver o meu pai na cozinha a arranjar as couves e as batatas. Não ver o meu afilhado de volta dos presentes debaixo da Árvore (btw, disse-me ele todo lampeiro: Oh di, eu já sei que são os Pais que compram os presentes. Querias que eu ainda acreditasse no Pai Natal? Pois é, o meu 1/4 de coração já vai fazer 10 anos...). E morri de saudades! Dos telefonemas aos amigos, de jogar Uno. Dos 7 à volta da mesa a comer o bacalhau que melhor sabe no ano todo.
Este ano acordei euzinha para fazer os doces de Natal. Os salgados fritos de Natal, para separar as prendas e os saquinhos de frutos secos.
Fiz o meu melhor para não deixar o meu coração "voar para o Porto". Falei com a minha família de manhã e à noite, "só".
Passei o dia com as 3 mulheres da vida do m-R (a mãe, a avó e a tia-avó), vi-o voltar a querer viver o Natal, depois da morte do avô dele. Adoraram a minha mousse. Eu fiquei viciada em argolinhas de limão!
Recebi poucas prendinhas mas boas: um casaco que tinha amado na New Yorker, da Sogrinha; um conjunto de prato de bolo da Loja do Gato Preto, da tia-avó. Uma nova necessaire para a mala do dia a dia e miminhos da Yves Rocher, da avó. E claro esta pérola, e um cartão lindo do m-R.
Presenteamos os quadrixanos. Ficou apenas a faltar entregar a lembrancinha à JB - achas que te safas de vir cá a casa jantar, é?
Fui incluída numa nova família, sem dúvida! Com muito carinho, com muito cuidado para me sentir o melhor possível.
Tenho encontrado na sogrinha um apoio. Ajuda sem se intrometer, compreende que não é a minha mãe, mas oferece-se para "quando eu preciso de falar, porque é normal que eu sinta saudades", porque "sabe lá Deus o quanto a tua mãe sente a tua falta".
A avó e a tia-avó acham-me a rapariga mais inteligente que já lá entrou em casa (só porque consigo ler, ouvir tv e conversar com as 3 ao mesmo tempo...).
Um ano depois da notícia que um benfiquista nunca quer ouvir, banhada a Sol, a casa da nossa Luz, do nosso Inferno Vermelho mudou de morada.
Agora todas as histórias gravadas nas colunas, todas as romarias à bola, todas as festas, todas as frustrações são aos pés da nossa Patera Negra. E ainda bem. Mais um motivo para "cobrar" a visita ao Museu, que o m-R me prometeu quando me mudei para cá.
Caros dirigentes do SLB, se algum de vocês por aqui passar, ou um filho, ou uma mulher... por favor, tentem homenagear o Senhor Mário Coluna de forma adequada também. O "Pai" do nosso Rei... que logo depois partiu.