Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Desde há dias que penso no que o m-R me disse: "Se há alguma coisa que mudava em ti... é essa incapacidade de mostrares cá para fora a felicidade que sentes. Sei que tenho que puxar por ti, que te fazer rir, que te ir aliviando o dia. Mas tens tanto aí dentro e mostras tão pouco".
Pior, li um artigo na net e te 7/8 sintomas típicos duma depressão - quem diria hã?
E não consigo confiar em ninguém para me ajudar aqui.
É oficial: escrevo isto de lágrimas nos olhos.
[A felicidade não é mesmo nada feita nem de dinheiro, nem de objetos. É feita de quem nos ama e mesmo assim, pode não nos salvar.]
Já falei aqui várias vezes e prometi que toda esta mudança me faria mudar a mim também.
E estou a fazer o meu melhor.
Alimentação melhorada, cuidado pela casa, cuidado pelo/com o m-R. Cuidar de mim.
Mas a verdade é que me sinto muito, muito em baixo. Não sei até que ponto toda esta viragem para a vaidozice, as ideias de novas tattoos e piercing, o arriscar no meu estilo... não sou eu a fugir às evidências de que não me sinto eu.
Evito falar com os amigos. Não ligo, não mando sms. Deixo-me estar um bocado no meu canto, uso a "desculpa da casa", deixo passar os dias. Porque estou a morrer de saudades por dentro.
O emprego aqui está a furado: no papel é perfeito, na realidade está emperrado. É função Pública e está tudo dito. O esforço é sempre ao lado, sempre que acho que a semana e as funções estão a ir ao sítio... pimba: abranda m-M que isto não é a tua terra, páh!
Não consigo sorrir normalmente. Até o m-R nota. Não me lembro da última vez que gargalhei e me senti à-vontade.
Estou sempre a chatear os mesmos amigos: a de cá e os de lá. Sinto-me uma chata, queixenta.
Fujo de estar com os amigos do m-R.
Mas conto os dias para as datas em que vão acontecer coisas.
Descubro tarefas para ocupar a cabeça.
Enquanto isso vou-me sentindo doente, "aos bocados", desmotivada, a engordar, a perder o interesse, a garra.
Várias pessoas me dizem que é normal, que nem a super-mulher lidaria com tudo isto na boa. Que sou humana e devo é falar com as pessoas por me sentir assim.
Quero voltar ao desporto, quero sentir-me realizada na minha área profissional. Quero fazer o m-R mais feliz. Quero continuar a apostar em mim, mas sem ser para esconder nada.
Agora que o corpo e o coração estão na mesma cidade... permitam à minha alma cá chegar. Ajudem-me, oiçam-me (lá em cima!).
De dia para dia... sinto que a nova vida é feita de muitas obrigações e sinto-me a perder a motivação para nadar contra a corrente.
Finalmente, hoje, descobri a ex-karma, a que fez o m-R pagar as maldades que fez a raparigas anteriores. O que era das nossas vidas sem o Faicibuqui?
Vamos por pontos:
acho-a feiinha que doi - ponto para mim;
de "ai que eu quero estar livre e viajar o mundo", passou para assumir uma relação com um colega de trabalho - m-R darling... cuidado se ela não te "presenteou" antes de te mandar dar uma curva;
é extremamente feliz no seu emprego e é reconhecida - nessa ganha-me aos pontos;
tem uma obcessão por fotografias de mãos - eu tenho pancas mas não chego a isso;
não é por nada, mas a gaija é do FêCêPê;
Medindo bem as coisas, acho que ele está melhor servido agora - ele bem me disse a semana passada que "dentro de todas as variáveis, tu és o meu jackpot".
Cada um vá ser feliz com quem de direito.
E sim, eu agora acredito que os baques do m-R quando o assunto é a ex-karma são só e relativamente à casa fixe em que ela morava.