Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Mal soube que vinha para Lisboa, e aproveitando um pedido "metrosexual", do próprio do m-R... fui a correr a uma Douglas.
Cheguei lá a pensar: é o produto que ele me pediu e prontes!
Qual quê?! Fui logo atraída para o stand da FlorMar (que conheço há uns aninhos graças aos vernizes). E claro, é nas horas em que não devemos ter perdições que aparece uma daquelas lojistas que adivinha tudo o que precisamos...
Saí de lá com os "bens necessários" para a mudança para aqui: uma curling mask e um baton nude (escurinho e é mesmo de longa duração!) da FlorMar eeeee fiquei a conhecer a ArtDeco: comprei o lápis de lábios invisível (aaah maravilha de invenção!) e um eyeliner em lápis, azul petróleo escuro, uma cor fantástica!
Sai de lá pronta para atacar a capital com um bocadinho mais bonita e confiante. E a verdade é que me maquilho todas as manhãs agora!
Mas sabem o que descobri hoje? Que não há maior boost para a confiança/beleza/auto-estima... que atravessar as avenidas, maquilhadas (por acaso com o nude que aqui falei), "bem-vestida" e a ouvir Kylie no MP3 - quase que havia de jurar que o trânsito parava para mim (lol).
[Proxima necessidade - assim no prazo de 1 mês: uma boa base. Dicas, conselhos, marcas e preços... partilhem comigo vá!]
Já tive uma ex-sogra esposa de um ex-jogador do SLB.
Agora tenho uma "sogrinha" que envia e-mails com vouchers dos Restaurantes Portugália ao filho a dizer: "Já estou a contribuir para a economia do casal".
Ainda na 6ª contava ao m-R de um dos 1ºs namoricos que tive.
Eu com 9, ele com 12. Num campo de férias. De como ele me fez a corte e me ofereceu um anel. De como eu me fiz de difícil.
Ele é de descendência indiana. Tinha/tem aquele tom de pele único e um brilho nos olhos especial. Lembro-me que no 1º dia, ao chegar ao campo, ele foi dos que me "gozou", para 3 dias depois estar rendido e a pedir desculpa.
E lembrei-me da noite em que o campo estava a fazer uma actividade e nós nos afastamos de toda a gente, fomos encostar-nos a um eucalipto, sentados. Ele convidou-me a encostar-me a ele, para me equilibrar melhor (nada de pensar malandrices, que ali só havia inocência!) e contou-me lendas sobre as crenças hindus nas estrelas. De como as estrelas que brilhavam mais tinham mais poderes. Contou-me como na família dele acreditavam nos sonhos e lutavam por eles.
Eu escolhi deixar a oferenda que ele me fez, lá. No local onde fomos felizes. Vão-se passar 20 anos, este ano. E nunca mais o vi.
Mas foi com ele que aprendi que o Amor vem quando e de onde menos se espera. Que a noção de família é enorme. E que o brilhozinho nos olhos pode fazer sentir tanto, sem dizer nada.