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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Qui | 20.03.14

Ironias da Vida #8

No dia seguinte a cortares com uma das pessoas "tóxicas" - in fact a pior de todas...

Ela dá grande reviravolta positiva na vida.

Eu continuo na mesma situação tretosa do último mês.

 

Então isto de limpar é ou não é para trazer coisas boas? [Não é só para ela que se viu livre de mim, mas para mim também, que me vi livre dela!]

Cadê?!

Qui | 20.03.14

Com carinho!

Hoje, mal acordei, tinha um início de mensagem orivada do Poly, no Faicibuqui.

Tendo em conta o teor das nossas conversas e o quanto gosto de picar aquele rapaz, admito que a linha e meia que conseguia ver... me deixaram assustada: "Por motivos de privacidade, partilho isto por mensagem. Beijo".

Com a curiosidade sempre na back of my mind lá fui fazendo a minha rotina pré-viagem para a terreola.

Cheguei ao carro e saquei do Droidinho. Na mensagem está um link. Cliquei no link, já com o sentimento de "Poly, filho, és muito bem intencionado, mas lá vem mais do mesmo". [Ele estuda género, ele estuda sexualidade, ele estuda e trabalha em consciencialização das minorias. Sim, pagam-lhe para isso. E eu devia tê-lo conhecido aos 13, em vez de o conhecer aos 27, teria tido uma adolescência muito mais fácil e segura]

Enganei-me. NUNCA li um texto tão verdadeiro relativamente ao que, com PC, sentimos sobre nós, o nosso corpo, a nossa sexualidade, a nossa "capacidade" de fazer outro alguém desejar-nos. Gargalhei e chorei, ao mesmo tempo.

E deixo aqui, com carinho para quem lê, mas com especial carinho de "tomem lá, seus broncos filhos duma ganda... mãe" aos meus exs e a todos os rapazes que me fizeram sentir mal comigo mesma e não acreditar em mim:

[...]

I don’t exactly pass as able-bodied. But sitting down, almost no one can tell, so I inhabit a middle space that confuses people all across the ability spectrum. People with CP have literally asked where mine is, as if it can be located. It’s true that I lack many of CP’s obvious markers [...]

But literally walking the line between able-bodied and not has given me an up close look at how people think about disabilities, and I will say this: if you’re not able-bodied, it’s really hard to get people to take you seriously.

They will tell you how brave and inspirational you are, for sure (which, of course, is more about them than you). They’ll tell you God loves you extra. Bonus points if they are also crying. But they’re uncomfortable, on some level, with you making your own choices [...]

When I talk about these issues with straight people, I always say “the other difficult thing to do when you have a disability is get somebody to fuck you.”[...] Yes, sex with a disability is a tough sell, but not (just) for the reasons people assume. In my experience, the hardest part isn’t convincing someone else you’re desirable — it’s convincing yourself that your body is worth pleasing.[...]

I compartmentalized my disability and my sexuality like it was my job until after college. Then I realized I wanted to actually have sex instead of just picking it apart in sociology class.[...]

The delight of never knowing quickly gave way to frustration. I suspected why, but didn’t want to believe it. Sure enough, when I finally asked, I got the answer I had feared: “I’m afraid I’m going to hurt you.”[...]

Up to that point, I thought I’d done everything “right”: cultivated a functional relationship, finally let someone see me with my clothes off, said yes to sex, talked about my body, listened about hers, been willing to try new things, behaved like an adult. But it turns out it hadn’t worked. All of a sudden, the “nice girl” formula that had made my disability palatable — acknowledge, but don’t dissect; laugh it off when things get tough — failed. I had literally done the most grown-up thing I could think of with this person, and she still saw me as vulnerable. Not in the way that brings people closer, mind you, but in the way that makes them afraid to touch you. Makes them think you’re breakable.[...]

So often we’re told that the “right” partner will “look past” our disability or “love us anyway,” like they’re on some sort of humanitarian mission. In that moment, I realized what complete and utter bullshit that idea is. The problem is not our bodies — it’s the misguided assumptions people project onto them. That we shouldn’t want them. That we don’t know how to use them. That they need to be cured. That’s what I want the people in my life — friends, family, girlfriends — to look past. I don’t want them to look past me. My disability is essential to my body. It’s a tough belief to stick to, and one that requires constant reinforcement, but it’s the truth.[...]

Aqui estão apenas alguns excertos do texto de Carrie, escrito há apenas alguns dias. Estão os "meus" excertos. Sim. Eu passei por isto, algumas frases são quase citações. O "estou-te a fazer um favor, porque só eu poderei gostar de ti" - tão fofo. NOT!. O "aai que afinal não tens cura e os teus próprios filhos podem nascer deficientes" - até poucos dias antes seriam os nossos filhos: O "ai que és um modelo de vida" [Nada contra quem me diz isto, tem dias que ajuda, mas há dias em que é a última coisa que queremos ouvir. O estigma de PC não se "deseja" a ninguém. Quanto mais o querer ser o modelo dos outros] O "Deus salvou-te porque a tua história é semelhante à de Jóh" - admito que tive que pedir que me contassem a história.

Ok, a escritora tem ainda mais limitações do que eu e é lésbica. Fixe! Também tem um grupo de amigos que eu só consegui começar a construir aos 27 anos, exactamente quando encontrei o rapaz que nem me deixa lembrar que me posso "magoar": seja na loucura da cama, seja a fazer montanhismo, seja a fazer canoagem. E que já me disse, directamente: "Sorry to burst your bubble, mas 'isso tudo', esses medos não são 'especiais', cada mulher tem o seu.

Qui | 20.03.14

Uma vez ruiva...

Uma vez ruiva (vão quase 5 anos), não consigo deixar de ser ruiva!

Já nem me lembro de mim morena. Acho que tem muito mais a ver comigo e me traz luz ao rosto.

Vou brincando com as cores/tons e com as Marcas. De Nutrisse e a cor da Jéssica, ao cobre mais laranja da Belle Color, ao vermelhão que o pessoal adorou na passagem de ano, da Syoss.

Para mim, o truque para nunca me cansar - para além de experimentar - é recorrer a vermelhos mais escuros e cobres bem alaranjados no Verão (para os deixar brilhar em esplendor) e vermelhões vivos no Inverno, para aquecer a mood.

Tento nunca pintar o cabelo com menos que 8 semanas de intrevalo. O meu cabelo é finiiiinho, fraquinho, por isso encho-o de cuidados.

Ontem à noite pintei o cabelo. Para receber o m-R "red, red" como ele gosta. Para deixar a cor "abrir e assentar" para as fotos (está difícil encontrar data e fotógrafo...).

E devo confessar: estou apaixonada pela Syoss, as cores adaptam-se bem aos cabelos, o tom fica muito natural - por mais radical que seja a mudança! - e o cabelo fica bem tratado (o que, no meu caso, é dizer muito!!!).

Em Dezembro foi esta:

Desde ontem estou com este tom:

 

E adoro os 2!

O mais giro? Faz pandant com os meus óculos!

Qui | 20.03.14

Contra o mal-estar: limpar, limpar!

Então não é que chegou a Primavera?

Olá rapariga! Sê bem-vinda! Traz mais dias de Sol e roupas mais coloridas. Dias a amanhecer cedo e noites que demoram mais a chegar. Continua a fazer-me sentir que contigo e com o teu primo Verão, aproveito melhor a vida.

E para que mais serves tu? Para fazer limpezas!

Mais do que limpar armários, aspirar e perfumar a Casa... ajudaste-me a perceber que tenho que retirar 3 pessoas da minha vida. As metas que atingem magoam-me no eco da mesquinez das suas atitudes. A amizade apregoada que foi construída nas costas dos outros e das minhas, que tanto lhes dei. No final perdi: tempo, sono, paciência, sentimentos. Porque foram todos minimizados e dispensados.

Ai é?

Se assim é... vou eu agora tratar de limpar o meu campo energético e quem me rodeia. Continuar a recuperar e a caminhar, em frente - sem ter a "tentação" de olhar para trás.

Abro-te as janelas de par-em-par Primavera, vamo-nos purificar?