Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Há um ano e meio eu e o m-R conhecemo-nos e pliiim! Foi toda esta loucura que vocês vão lendo.
Maaas o que eu só hoje me apercebi é que, há um ano, em vez de sermos um casal todo delico-doce, cheio de planos... eu "celebrei" este dia, atropelando-ME, a mim mesma. Sim!
E o "meu" presente de 180 dias a aturar o m-R foi uma viagem com o Bombeiro mais freaky que já conheci.
Que rosnou ao colega de trabalho que eu tinha na altura. Porque o rapazito (giro, por acaso!) andou comigo ao colo, porque eu tinha (possivelmente) "esmagado" um pé.
Que não deixou o colega de trabalho acompanhar-me ao hospital e lhe fechou a porta de ambulância na cara.
Que na ambulância me fez as perguntas da praxe e quando eu lhe disse que poderia não estar a sentir sequelas no pé "esmagado" porque a paralisia afecta o lado direito ele reagiu dizendo "Oh está a mentir! Tem lá isso?! É que não se nota nada na cara! É tão bonita!"
m-R liga nesse momento, é corrido do telefone com rosnares meus. Liga uma hora mais tarde, desfeito em preocupações, pronto para fazer 300 km numa noite de Inverno só porque eu estava nas Urgências. E eu morta de riso (cheia de dores, mas morta de riso!).
Bombeiro ainda que achou por bem ir confirmar com o meu pai se eu tinha mesmo "aquela" deficiência e que voltou a repetir a mesma frase ao MEU pai.
Bombeiro ciumentó-parvo sai do hospital para voltar ao trabalho. Eu e o meu pai desatamos a rir até às lágrimas.
m-M vai de ligar a m-R, à sua Cristina e à sua mãe a relatar o momento pseudo-flirt romântico falhado do Bombeiro ciumentó-parvo. É um momento daqueles para mais tarde recordar.
10 dias depois?... Pé dorido e Balentines day. Sms delico-doce de m-R "blablabla whiskas saquetas... Sou um homem feliz porque... não se nota nada na cara e tu até és tão bonita. Feliz Balentines!"
A minha dica? Aturem alguém os dias que o sentimento durar. Sejam 5, 180, 365, 545... mas façam por ter momentos inesquecíveis destes. Assim sim, é que as celebrações se tornam únicas!
Vi o vídeo, inspirei-me... pensei no assunto. Partilhei com o m-R, a minha Cristina, a S.... e de repente, fez-se luz.
Percebi que tinha a solução bem mais perto de mim do que pensava.
Uma ex-colega de Faculdade, que à falta de emprego se focou no Desporto e tem apostado em formar-se em modalidades menos conhecidas em Portugal é agora instrutora de Yoga em Matosinhos.
Falei com ela - que sempre se disponibilizou para me ajudar, fosse em natação ou simplesmente em boa forma física - e não é que o valor mensal do Centro onde ela está é €25/mês, 1x por semana? Ao Sábado como eu "precisava". E aulas dadas por ela, que me conhece vai para 10 anos, conhece as minhas limitações e sei, fará de tudo para me ajudar e fazer sentir bem.
Se tudo correr bem, a partir de Março serei uma Rapariga muito mais Oooommm!
Ora, podem ver aqui que ganhei este batom fofinho:
6ª feira cheguei a casa e tinha um pacotinho (bem grande) à minha espera...
Fui logo a correr abrir e deparei-me não só com o batom, que tem uma embalagem super girly e que se destaca em qualquer conjunto de maquilhagem, mas também com um kit de boas-vindas ao Universo Oriflame: catálogos para escolher coisas giras e partilhar com as amigas.
O batom é muito bonito. O Pink Kiss é um rosa coral, bem pigmentado (duas passagens e temos os lábios cobertos e bem hidratados), com um cheirinho muito bom, sabor muito simpático (detesto quando os batons se tornam azedos nos lábios). Uma cor a chamar o Sol e a Primavera e com um toque super agradável. E para além disso, a cor aguenta-se bem. Só vantagens! Ao ponto de já ter ficado com outras duas cores a "chamar por mim"...
Já é uma surpresa ganhar passatempos na Blogolândia, mas ainda mais quando são surpresas boas e que nos deixam tão alegres!
Pois é... este fim-de-semana ainda me tem de sorriso de orelha a orelha!
Desde a chegada à horinha na 6ª, o nosso jantar da praxe e muito mimo e brinquedos para os quadrixanos...
Sábado acordo para a "tal surpresa": pequeno almoço trazido a casa, num cesto super romântico, com direito a flores, chocolates e o cartão mais lindo do mundo:
O Cesto da Maria Chocolate é a coisa mais fofa e trazia de tudo: café, leite, sumo, pãezinhos, croissants, bolachinhas, doces, manteiga, queijo, chá, fruta... resumindo: deu para "pequeno-almoçar" e ainda fazer um brunch lá para as 13 horas...
Vestimos os nossos outfits para o jantar com os amigos e rumamos ao "super-plano do fim-de-semana": comprar uma almofada ergonómica no IKEA. Não sem antes passar pelo Lidl a comprar manteiga de amendoím e jelly-beans. Sim, temos planos fantásticos! Lá fomos: vimos coisas giras para a casa que começamos a idealizar - embora ainda não seja desta que eu vá para Lisboa - o m-R começa a ver essa vida como "palpável".
Enquanto caminhavamos para a Fnac, passamos na Swarovski e diz-me ele "promete-me que não gostas de nenhuma peça dali" - eu já a pensar que era a marca de alguma ex... e pergunto, "porquê? Não é hábito pedir-te nada de lá"... diz ele: "porque eu adoro e se tu gostas desgraço-me lá dentro". Ora, peço-o para me levar lá, a ver se percebia a "paixonite". Dentro da loja gostei da coleção masculina (lol?)... ao sair cruzo-me com este anel:
(as pedrinhas são reversíveis e podem transformar-se num painel de pedrinhas pretas e cinzentas - é o Aware Ring - até o nome é fantstico)
Olha, este até que é giro. Diz ele: dou-to se casares comigo.
m-M fica parva, começa-se a rir e diz: "que tal o anel sem o casamento?" m-R: "nah, só casando". E demos os 2 uma gargalhada. Agora gosto de peguilhar com ele e pedir o Aneeeel, o Aneeel. Ele sorriu e ficou muito mais relaxado porque percebeu que quero uma vida com ele, mas o casamento não é "obrigatório" nem para já (traumas de filho de pais divorciados). Mas é um must ser pedida com um anel que é a minha cara!
Seguimos para o jantar - esqueçamos a chuva, o pé torcido e a uma hora de pé à espera de mesa - e 3 meninas converteram o m-R às Francesinhas! Boa francesinha, batatinhas acabadas de fazer, finos e muita conversa... Fomos acabar a noite a um Lounge mesmo nos Aliados a partilhar fatias de bolo (aaai o bolo de morangos!), a experimentar Mojito de Maracujá, já com o Vicky connosco à mesa, enquanto iamos fazendo piadas sobre o programa de leilões que dava nos plasmas lá do sítio.
Domingo... dormir com a almofada nova. Ter não um mas DOIS pesadelos. Ser confortada por ele. Levantar-me sorrateira para lhe fazer o almoço que ele me pediu: arroz malandrinho de tomate fresco com pimentos, salsa e 3 pimentas, acompanhado de filetinhos. Voltar para a ronha com os gatos - que o continuam a preferir a ele (traidores!) e comer jelly-beans e ver um filme de Domingo à tarde.
Descer para tomar o café, fazer uma encomenda de beleza à sogrinha - distribuidora da Yves Rocher - (finalmente encontrei um creme hidratante dia/noite, um stick-bálsamo reparador para os lábios e um exfoliante face/body tudo por menos de 15€). E já fiquei com mais umas "pecinhas" debaixo de olho. Nada como um belo 2 em 1: tratar da beleza enquanto caio nas boas graças da sogrinha ihihih
O pior vem sempre quando o vou deixar à plataforma: beijos e saudades e um adro-te dito nas escadas que deixa toda a gente à nossa volta a sorrir.
Retribui-lhe com um "daqui a duas semanas, vemo-nos em Viseu. Gosto tanto de ti".
Segui para casa, fiz a caminha aos bichanos, deitei-me com a almofada nova, na cama mais vazia e quase acabei com o pacote de jelly-beans...
*total de pedidos desde 2003 - por uns... 5(?) gaijos diferentes...
Na minha ronda matinal pelos blogues li... não me lembro do nome do blogue... fui lá pelo título... encontrei um post muito carinhoso: uma autora que escrevia sobre (ontem) ter adormecido a conversar com o seu Rapaz sobre nomes de bebés.
E eu sorri.
Eu não queria ter filhos. Eu tentava até nem pensar no assunto. Dizia que passava bem sem ser mãe. Dizia que quem gostasse de mim tinha que aceitar adoptá-los ou não os ter. Tudo devido a uma ideia que o ex-Cientista Louco me pôs na cabeça - de que os meus filhos poderiam ter um qualquer gene de paralisia cerebral e nascer "como eu".
Sabe Deus que o coração se me aperta de imaginar não ter um filho cheio de saúde, "normal", porque o vão gozar e a vida vai ser mais difícil - se fui eu/nós que o fiz/emos . Depois lembro-me: há bullying e estupidez por todo o lado, em qualquer pessoa, em qualquer idade, por qualquer motivo.
Depois namorei com o ex-"Psicopata muito bom, lá do Deserto, jamais" que me fez saber que adoptar um filho comigo era fazer-me um graaande favor - Deus te impeça de educar uma criança - AMEN!
And then, along came m-R. Que ficou "branco e mudo" quando eu lhe disse a 1ª vez que não fazia tenções de ter filhos. Que lentamente foi tocando no assunto. De como um casamento pode não ser eterno e feliz, mas ter um filho é eterno e bonito e traz sempre felicidade. Que num ano e meio me mostrou que se nascer uma m-Criança será amada. Baixinho/a como eu, com caracois como ele. Inteligente como a mãe, geek como o pai. Com mau-feito como os dois. Que, se os macaquinhos não sairem da minha cabeça, até limpeza genética fazemos se eu não conseguir dormir a pensar no assunto. Que nasça. Que connosco como pais "normal" não vai ser. Por isso, quando puder vir e nacer, nós logo nos vemos com a "batata quente".
Quanto aos nomes é que o m-R tem azar: já os escolhi há anos!!! A parte mais "o-Universo-é-que-manda" disto tudo é que no meu nome favorito para rapaz escolhi o 2º nome igualzinho ao 2º nome do m-R. Parece uma linda homenagem. Vamos todos fazer awww...
E até poderá vir a ser... mas foi o meu sonho, o meu coração e as forças do Universo que desenharam a possibilidade.