Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Foi o que eu pensei mal li a parvoice da notícia Projeto de referendo sobre adoção e coadoção aprovado (só) pelo PSD: vamos co-adoptar as mentes brilhantes que tiveram a ideia do Referendo e de o levar a aprovação na Assembleia.
(é isto que os JSDs pensam que se passam em casa dos casais do mesmo sexo... ok...)
Vamos co-adoptar estas pesso-ínhas. Porquê? Porque neste momento os pais destas pesso-ínhas devem estar a morrer de vergonha, devem estar a considerar deserdá-los, omiti-los da sua memória, apagá-los das fotos de família (à lá Estaline!).
Pelos posts que leio pela blogolândia, pelas reações no Faicibuqui e outras Redes, quero acreditar que, neste tema, a sociedade lá vai percebendo que as famílias não têm que ser iguais às dos livros: um pai + uma mãe = filhos felizes e bem educados. Pode ser só uma mãe, podem ser dois pais, crianças de sangue, uma criança desejada, muitas crianças salvas e ajudadas.
Não há fórmula perfeita para a Felicidade, para o Amor, para a Família, para a Educação ou para Finais Felizes.
(maaaas é isto que se passa. Como em muito boas casas...)
Os nossos politico-zinhos, laranjinhas jovens maioritarimante (não amadureceram, é o que é) é que ainda não perceberam.
Querem-nos perguntar, no boletim de voto: "1. Concorda que o cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo possa adotar o filho do seu cônjuge ou unido de facto? 2. Concorda com a adoção por casais, casados ou unidos de facto, do mesmo sexo?". fonte
Vamos votar? Para lhes fazer um desenho?
É que cá eu: Concordo! E no dia em que vocês-inhos perceberem que Amor e Família, com Letra Grande, se escrevem do coração e não do Sangue, das Normas ou da Religião, não voltam a fazer pergunta-zinhas destas!
Parece que, por entre Eusébio (long live the King!) e Ronaldo, o país lá reparou noutra noticia-zinha (obrigado a todos os blogues que não deixaram o caso passar em branco).
O "aluno de 15 anos" (tão bonito ver os Media despersonalizarem a vítima...) que se suicidou - alegadamente, diz a polícia e os meus "colegas" jornalistas - em consequência de bullying na escola.
Alegadamente (aaai como "jornalista", adoooooooro escrever esta palavrinha, voltem aulas de TJ, voltem!) a escola diz que nada fora do normal se passou. Claro! Se há coisa que eu fazia na escola era despir os meus colegas à 6ª feira à tarde. E eles a mim. E os empregados aos professores. Era o warm-up para o fim-de-semana. Uh-uh! A loucura!
Meus amigos o bullying existe. Ponto. EU sei do verbo SABER o que é bullying. Não só de colegas mauzinhos, mas também da parte dos Professores. As crianças são crueis, os adoelescentes são "veneno com pernas" e há adultos a quem não devia ser permitido tentar educar mentes de crianças - seres humanos in the making.
Sofri bullying do pior imaginário. Psicológico, físico. Do humilhante, do em que até os meus pais foram "gozados" por me terem feito, por terem "ficado comigo" e por escolherem educar-me como "às crianças normais". Não me perguntei, que ainda hoje não sei, como fui mais forte do que o Nelson. Não me calei. Lutei pela justiça que sabia que merecia. Não me safei de mais humilhações, de mais violência, de professores a rirem-se de mim, de coleguinhas a safarem-se por serem filhos de Senhores Doutores e a Escola considerar que nada de anormal se passava.
E sim, estas atitudes mantiveram-se até na Faculdade, até com "crianças" muito mais velhas do que 18 anos. Com Professores alegadamente mais inteligentes do que os que ensinam numa Escola Básica. Na Universidade portuguesa melhor posicionada no ranking mundial.
Estão a ver o padrão?
Eu estou. Eu conheço-o. Desde que me conheço e ainda hoje no mercado de trabalho.
Os pais tentam ajudar, mas nós vítimas, se queremos mesmo esconder, conseguimos. Por muito que os nossos pais nos estendam a mão, entre nós há um veu que enevoa tudo.
Se somos "diferentes" para a sociedade: seja por sermos altos, baixos, magros, gordos, com ar de nerds, pobres, deficientes, gagos... se somos diferentes a sociedade não vai cansar-se de o "gritar". De nos tentar por de parte. A ver se partimos, se quebramos.
Eu "perdi" partes da minha vida para o bullying, eu tive que chorar, que lutar, que me revoltar muito. Ainda tenho. Estou cá porque acredito num amanhã melhor. Embora já tenha estado nas grades de um viaduto a olhar cá para baixo, a pensar se me atirava ou não.
Durante uma semana vão dizer que vão estudar o caso, que vão procurar conhecer a raíz do problema, para que não se repitam estes casos. Que há x estatísticas. Que a sociedade pensa xpto. Daqui a duas semanas... só a família e quem conhece a sua dor continuará a pensar e a perguntar-se como terão forças para continuar.
Infelizmente o Nelson, o Leandro antes dele e tantos outros não conseguiram sentir forças para continuar.
Arranca uma rapariga cheia de intenções positivas e simpáticas... e o dia pimbas! Chapada(s) na cachola.
Duas grandes empresas interessadas em mim nos últimos 15 dias e pimbas, 2 nãos! Um só por causa do estágio profissional para o qual já não sou elegível. Quase 5 anos de experiência profissional? 2 cargos de Diretoria? Mestrado quase a finalizar com média de 15 quase 16? Esquece filha queremos é chular pessoal com estágios e esse já fizeste. Next!
Depois? O m-R mesmo com aviso vai de meter a pata na poça. Sim, eu enviei estritamente sms a "avisar da TPM para ter cuidado". Ele acha que então deve ser o melhor timming para enviar sms a brincar sobre como é giro ver-me mais fiteira quando ele vai sair com amigas. Eu volto a avisar, com o melhor humor possível e a pedir mimo para retribuir... resposta: Admito, não tenho muito jeito para dar mimo pelo telefone ou por sms.
Oh God! :facepalm: Como mulher estou perdida!
Vá ele lá melhorou as sms e tal, mais para o fim do dia. Eu dediquei-me à elíptica com música em altos berros e adormeci que nem uma pedra.
Novo dia, nova tentativa. Não vou desistir já. Que uma pessoa... tenta!
E hoje é 6ª feira. Venham os amigos e os planos para o fim-de-semana e o descansar. É continuar caminho.