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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Seg | 13.01.14

De como crescemos.

Já estou de volta ao meu cantinho. Embora cada vez menos com vontade de voltar.

O fim-de-semana correu bem. Embora, nem eu saiba porquê, tenha chegado lá nervosa e amuada, tenha passado graaaande parte do tempo ensonada (Sábado então nem vou comentar) e tenha vindo de lá triste e saudosa.

Foi um fim-de-semana em que percebi que, como pessoas, crescemos. Não só em centímetros, não só nas "grandes atitudes da vida", mas muitas vezes crescemos mais sem dar por ela.

Sexta fomos a Sintra, à noite com a madrugada a aparecer e o castelo ilunimado, descobrimos um cantinho novo, caminhamos nas ruas onde há quase ano e meio começamos a agir como um casal. Relembramos os recantos, andamos abraçados. Ele mimou-me e contou-me tudinho sobre a semana dele. Ficou feliz com a minha força e a minha coragem, orgulhoso mesmo. E abraçou-me.

Sábado vivi o dia de uma groupie. Carrega e descarrega instrumentos e cabos e ajuda na afinação (a maluquinha da banda fechou-se na casa-de-banho para não ter que trabalhar... no comments). Até momentos de eletricista tivemos...

Sim, estava nervosa, ainda mais porque soube que 5 minutos antes de eu chegar a Lisboa, A ex queria marcar planos com o m-R. Logicamente ele disse logo "estou à espera da m-M, ela está a chegar." A rapariga surpreendeu-me com um "então esquece. Vocês têm é que se aproveitar um ao outro!"

E sim, Sábado, à medida que as 20 horas chegavam eu ficava cada vez mais nervosa. Primeiro a presença da maluquinha da banda que me mexe com os nervos... depois, o facto de me ter embonecado toda e não me sentir nada bonita. Tanto cuidado e sentia-me average.

A ex foi a 1ª pessoa a chegar... eeeee... dirigiu-se a mim. Grande sorriso. Simpatia, abraço e beijinhos. "És a m-M? Que bom! Reconheço-te das fotos. Estou feliz que estejas cá". E eu com o cérebro ainda a pensar "que furacão foi este?".

O m-R andou pelo espaço a apresentar-me aos amigos (muitos dos quais preocupados com o facto de A ex estar presente: a m-M sabe quem ela é? Mas sabe mesmo?"). E disse a todos "é com a m-M que sou feliz, a ela digo tudo, não escondo nada. Ela sabe que partilho tudo e a incluo".

(imagens do Adam melhoram logo tudo, não é?)

A ex, não sei porquê, sentiu-se logo à vontade para conversar muito comigo. Partilhar o que lhe vai na alma. Mostar o quanto sofre com a relação que acabou. E fez questão de me dizer "eu e o m-R tentamos, algumas vezes ser namorados, mas percebemos que não dava e ele é o único que preservo como amigo, não há que perder tudo". Mas que continua a lutar por, a gostar deste último, que lhe partiu o coração. Ao ouvir as palavras dela sobre o que está a sentir e as atitudes passadas vi-me nela. Eu há quase 5 anos, eu há quase 3 anos. E percebi. Ela é uma rapariga como todas nós fomos/somos. Falta-lhe "O Momento" aquele que nos empurra e nos faz crescer. E foi isso que lhe disse. Sem segundas intenções ou falsidade: Que não tem que se culpar, que não tem que pensar que está a viver um problema, apenas e só, ainda não viveu tudo. Mas que tudo irá ao sítio.

Sei que "ganhei" mais uma fã. Sei que o m-R teve a noite que sonhava. Feliz como só ele e eu fiquei tão feliz com ele. Eu tive gargalhadas ao jantar e bocadinhos de conversa com quem valeu a pena. Abracei a J.B que é gira páh! (obrigada por me salvares do mingle lol) e rimos muito. Safei-me de subir a palco para cantar. Caí, em grande mesmo, ao desmontar o palco de madrugada, magoei um joelho. Amuei outra vez (odeio cair em público). E o m-R veio a segurar-me a mão o caminho todo para casa. Entreguei-lhe o nosso (meu e dos quadrixanos) presente, em casa, longe da confusão. E ele voltou a sorrir muito, com os olhos a brilhar. Ceamos, adormecemos às 5 da manhã, obrigamo-nos a levantar para o almoço.

Saímos e parou de chover. Os dois pensativos de saudades, os dois de mão dadas, os dois já a contar os dias para o fim-de-semana dos namorados na neve. Eu fi-lo prometer que vai tentar planear coisas giras, de surpresa, já que é fim-de-semana 2 em 1. Ele disse-me o que quer de presente.

As despedidas de sempre, com o coração apertadinho: "Já me estava a habituar, mesmo quando te passas um bocadinho, não consigo deixar de gostar de ti. Gosto de ti e não há nada a fazer".

E o nosso SLB a ganhar ao Fêcêpê para nos alegrar e tentar atenuar o nosso beicinho.

O fim-de-semana acabou comigo na cama com os quadrixanos, cheios de saudades dele (sim, porque os quadrixanos sentem-lhe o cheiro e, por incrível que pareça, ficam calmos e mimalhos), com uma chamada a contar como foi o ensaio e um beijo de até amanhã.

 

Conclusão: Não me senti poderosa, muito pelo contrário, andei nervosa e adoentada e a olhar pelo canto do olho - sou mulher - que fazer? Não "tomei" o lugar d-A ex. Também... não tenho que o fazer.

Somos humanos, crescemos. Enganamo-nos quando estamos a trilhar o caminho até ao Futuro. Tentamos. Sentimos.

Agora estamos no Presente. Eu e ele. Ela como amiga dele. Sim, ela é "A". Eu sou a A-gora. A que todos me dizem que o faz feliz, que sou quem lhe faltava. A que todos gostam. A de quem ele gosta. E isso "chega-me". [Não deixo de sentir uma ponta de ciúmes, de ficar nervosa sempre que o assunto é ela, mas agora sei que ela é só uma rapariga, não é nenhuma deusa inatingível].

Como nós crescemos...