Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Mesmo só tendo recebido um feedbackzinho - da Nessie :)
Vou manter a palavra: falemos de roupa.
Eu sou aquele tipo de rapariga muito casual, no dia-a-dia, quem me vê na rua... digamos que não páro o trânsito.
Desde os 18 anos que larguei os jeans e as sapatilhas e os hoodies.
No 1º ano da Faculdade (fora os dias de praxe) fazia questão de usar saia pelo menos uma vez por semana. E usei mais sapatos e botas de tacão. Achava que tinha que "crescer" e parecer a (maior)idade.
Depois descobri o fabuloso mundo das nights out e o poder do meu decote, duns bons jeans coleantes e duns saltos confortáveis para dançar a noite toda. Foi também aí que me apaixonei por acessórios mais especificamente por BRINCOS - tenho cerca de 50 pares, alguns que me acompanham há mais de 7 anos.
Nos anos seguintes foi descobrindo o meu estilo, a minha personalidade nas roupas - até que o mundo profissional me bateu à porta. Lá passei eu a ter blazers e calças clássicas, vestidos pelo joelho e a palete de tons a passear entre o preto, cinza, castanho e beje no inverno e preto, azul, branco, beje e rosas velhos no verão.
Entretanto, há 4 anos (yay 2010, again!) uma "terapeuta" que eu visitei avisou-me "a tua verdadeira energia vem ao de cima quando a trabalhares. Vais ver que o teu estilo vai mudar. As cores à tua volta. Vais passar a gostar mais de cuidar de ti e isso vai-se notar".
Digamos que o resultado daquela terapia não deu em muito, mas a "profecia" tornou-se realidade: Uns meses depois tornei-me viciada em vernizes e uma adepta da maquilhagem. Fui aprendendo tudo sozinha e mehorando técnicas com o tempo.
No verão agora arrisco mais e realmente apaixonei-me por cores que não ligava: corais e lilazes, verdes...
No inverno o kakhi, o roxo escuro, o caramelo entraram nas paletes de tecidos.
Hoje em dia? Hoje em dia não compro tanta roupa como já comprei [Porque será oh crise?!]. Já não deambulo pela Primark ou visito a Blanco todos os meses. Aprendi a reutilizar peças. Sinto o quentinho no coração sempre que dou roupa que já não me "representa" a quem mais precisa, sem sair de casa a correr, para a ir substituir.
Não estoiro orçamentos em calçado porque tenho pé de princesa e um problema motor que me faz olhar para tacões finos e superiores a 5 cm, de lado (e rosnar).
Tornei-me adepta de sabrinas, oxford shoes, saltos em cunha. Praticamente larguei as sapatilhas. Adoro sandálias rasas com muitas tirinhas e tranças e tudo mais (que segurem bem o pé).
Quando muito o meu novo "tesouro" são as lojas em 2ª mão ou as lojas vintage, que descobri, com carinho, em Nothing Hill, (também) em 2010.
Fascino-me muito mais com peças vindas de outras donas, com histórias, "brilho pessoal" e que com um toque, plim! o velho fica novo. Algumas das minhas peças preferidas, dos meus maiores achados, dos meus orgulhos foram comprados assim. Tenho peças no armário de atrizes portuguesas famosas, de estilistas em ascenção, de antigas colegas de faculdade...
Biquinis da Asos de 40 libras por 7€, blusas da Massimo Dutti de 30€ por 6€, leggings da Zara de 20€ por 5€... e mais recentemente... lembram-se do "báu da minha mãe" para o Rebélhou? Pois foi, entrei em 2014 a envergar uma blusa linda preta, de renda e colarinho vitoriano que a minha mãe comprou, nada mais nada menos do que para... o meu próprio batizado!
Sei que nos últimos 2 anos me tornei um bocadinho mais glam rock: adoro napa, rendas, tachas, contrates de total black com um acessório com cor. Botas de cano super alto à séc. XVIII, vestidos de tecidos nobres que conjugo com básicos por baixo. Saias compridas, vestidos que revelem as costas, transparências (sem serem slutty trash) acessórios mais trabahados, filigrana, peças handmade com toques pseudo-goth.
No meu tempo livre, à vontade, sou uma mistura de classy sexy com semi-dark para dar um toque de compustura e mistério à "cena". Ou seja, quem me vê durante o dia, no supermercado; não me reconhece à noite nas festas...
Volta e meia dou por mim à procura "daquela peça" (agora só compro para ocasiões especiais - a semana passada por exemplo, aventurei-me na Sfera e comprei a blusa que esteio no Sábado, no concerto de aniversário do m-R) e encontro-as mais depressa pela net em 2ª mão ou em lojas vintage, do que nas novas coleções. Ainda ontem fechei "negócio" de 2 camisolas (daquelas que ando a farejar há um ano e não as vejo abaixo de €20 cada uma) e 2 conjuntos de brincos, tudo por 25€.
Saldos para quê, se nem os achei grande coisa este ano?
Farei tudo para ter as pecinhas "novas" comigo no início de Fevereiro, para as tornar minhas no fim-de-semana 3 em 1, na Neve, com o m-R.
Et voilá, esta é a minha visão e a minha atitude perante a roupa e a moda: liberdade e personalidade. Crescimento connosco mesma/os.
Não significa que não babe a olhar para certos blogues, mas tenho olhinhos na cara e conheço o meu corpo ;)