O Yule e o Destino
Diz a minha mãe, que, se não tivesse feito a "surpresa" (acho que foi mais um susto...), nasceria hoje - há 28 anos atrás.
Hoje, dia de Yule, de Solestício, o dia mais pequeno do ano.
Até há 4 anos, não pensava muito nisso. In fact, adoro o dia do meu aniversário. Apesar de tudo nasci num dia engraçado, numa madrugada atribulada.
Mas há 4 anos... houve aquele jantar de Natal. O jantar a que fui "obrigada" pela minha mãe. O jantar em que choveu tanto no Porto que ficamos presos na VCI, alagados, a ouvir trovões.
A noite em que o Enfermeiro-Gémeo entrou na minha vida para me mostrar que não a estava a viver. E eu acordei, com o brilho dos olhos dele, os flashes dos trovões, o bater das gotas da chuva e o pudim partilhado à la Dama e o Vagabundo.
E o mais engraçado é que, desde há 4 anos, acontece sempre alguma coisa bonita no dia 21. E eu passei a olhar para ele como o meu 2º dia de anos. Por ser a verdade, mas porque também acabou por acontecer.
Este ano, estou a limpar a casa a fundo, a refrescá-la e embeleza-la. A cozinhar com Amor para os meus "3 Estarolas". Hoje o acontecimento bonito somos nós a rir e a conversar muito, sentados à mesa, a comer cosinhas boas, a trocar presentes, com a árvore a piscar atrás de nós.
Afinal de contas, para quê fugir ao nosso Destino?