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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Seg | 25.11.13

O "desafio" da Gratidão

Pois é, sentir gratidão, reconhecê-la... pode ser um "desafio".

O mesmo que o Dreamer me colocou, com estas "regras":

Escrever o nome da pessoa que consideram mais importante e justificar;(Se quiserem e se sentirem à vontade com isso liguem para a pessoa e leiam o que escreveram)

Nomear 3 bloggers para este desafio

Pedir que visitem o blog http://letmedream.blogs.sapo.pt e que digam que participaram neste desafio (assim eu saberei todas as histórias)

Ora... agradecer. Dizer obrigada para mim sempre foi fácil. Seja por educação que os meus paizinhos me deram, seja porque fui percebendo - aprendendo! - que uma das palavras mais bonitas e que mais dão/dizem de nós é "Obrigada". Há que saber agradecer, mostrar gratidão, celebrar, nem que seja com uma palavrinha o bem, o aviso, o ensinamento, o raspanete, o "adeus óh vai-t'embora".

A pessoa que escolhi?

A minha Cristina. Porquê?

Porque tal como ela diz, fui eu que a ensinei a agradecer. Ela antes, via a palavra como declinativo do verbo "obrigar", eu mostrei-lhe que é o adjectivo mais carinhoso criado da palavra agradecimento.

A ela devo alguns dos "Obrigadas" mais difíceis dos últimos 5 anos da minha vida.

Primeiro "salvei-a" eu, depois ela a mim. Depois eu a ela, a seguir ela a mim... and so on.

Porque vieram sobre a forma de "chapadas para a realidade", de "eu avisei-te", de "não estás sozinha", de "eu conheço-te", de "não te consegues esconder de mim", de "ninguém nos separa", de "amo-te muito."

Devo-lhe dias em que não sabia onde estava e ela foi o meu farol no meio do nevoeiro. Devo-lhe mezinhas e ações espirituais para me fortalecer. Devo-lhe o orgulho sempre presente, a crença, mesmo quando eu não acredito. Devo-lhe a sabedoria, o carinho, a preocupação, a quase telepatia, o amor incondicional.

Ela não me deve nada. Entre nós só há amor, partilha e 360 dias de diferença.

Estou grata a "quem" nos permitiu partilhar o mesmo espaço e encontrarmo-nos, no meio da confusão que são os dias de hoje.

 

Se preciso de lhe ligar para lhe dizer tudo isto? Não.

Mas volta e meia ligo. Digo-lho sempre que posso. Os nossos olhos conversam enquanto os outros falam, à nossa volta. As nossas almas acompanham-se mesmo quando o dia-a-dia nos separa.

Ela sabe o quanto eu lhe estou grata e ela diz a quem nos rodeia que foi comigo que aprendeu a dizer "Obrigada" sem se sentir obrgada. E isso diz tudo!

 

Os 3 blogues a quem passo este desafio?

J.B

Cat

Daniela

 

3 meninas que, à sua maneira, sabem ir agradecendo as coisas boas da vida!

Seg | 25.11.13

Pai Natal Secreto 2013

Eu adoro Pais Natais Secretos!

O poder brincar, o miminho simbólico, o sorrisinho maroto de só nós sabermos quem vamos fazer sorrir.

Por isso, para me enturmar, para celebrar o 1º Natal deste cantinho, resolvi participar no Pai Natal Secreto organizado pela Cindy!

Ainda vão a tempo, para já somos só meninas, mas os meninos são sempre bem-vindos!, e há lá sensação melhor do que correr para a caixa de correio e encontrar um postal escrito com carinho? Juntem-se a nós :)

Sab | 23.11.13

10 anos

Uma década. A vida inteira do nosso menino. Sem ti.

O ter sido "Senhora Dr.ª, Engª., Arqª., Advogada" sem ti. 10 anos em que o espaço em branco, na fita azul escura é teu, teu e de mais ninguém. 10 anos em que não te vejo sentado, à minha espera, a ler o jornal, a fumar, com o café e o meio-bagaço. 10 anos em que tomei o teu lugar na mesa e a sopa me passou a saber melhor se comida da tigela, como tu fazias. 

10 anos em que o SLB voltou a ser campeão e o teu Supporting não. 10 anos em que os "Rapazes" entraram na minha vida e tu, lá de cima, com a ajuda da Bivó, afastaste os maus. 10 anos a sentir, nos ossos, que não fiquei sem ti, que estás comigo, sempre que eu preciso e a minha alma te chama - já tivemos provas disso, não é?

10 anos em que o teu sorriso e as tuas palavras (me) ecoam de tal forma que a "única saudade" é a de não ver os teus olhos ou sentir a tua barba picar quando me beijavas a testa, porque cresceu. 10 anos em que deixei de conseguir passear no nosso jardim. 10 anos em que me pergunto, quase todos os dias, se estás orgulhoso de mim.

10 anos em que penso "se fiz esta asneira... o avó-anjo compreende, ele fez pior" e sorrio porque sei que sorris lá em cima, enquanto me chamas "Costas de Sargento". 10 anos em que quebrei o zelo que te tinha e me tornei eu mesma, uma fumadora. [Mas pronto, já cortei, bastante! Já me voltei a comportar.

10 anos em que acendo velas, falo contigo, te faço festinhas na fotografia, te rezo a "correr", te levei o m-R a conhecer.

10 anos a ter a lágrima no canto do olho só de pensar em ti. 10 anos a saber mais de ti. 10 anos a pedir que voltes, desde o 1º baque do 1º berro de saudades da mãe. 10 anos a tentar perdoar à "Senhora". 10 anos a perguntar-me como a pudeste amar tanto? E depois lembro-me: se não a amasses, não tínhamos a mãe. E não és tu que me amas, desde o 1º momento, há 28 anos?

10 anos a saber que nos proteges. 10 anos a saber que lutas, aí de cima, sempre, para que não levem a mãe, cedo demais.

10 anos a perceber melhor que é de ti que vem a minha veia sonhadora, que quase que dá passos sem rede. 10 anos do piercing na orelha direita. 10 anos da camisola com a bandeira da Inglaterra (que nunca mais usei) que tinha vestida quando soube que já não estavas comigo/connosco, do outro lado da rua da Escola. 10 anos sem conseguir comer amendoins torrados, porque é o último sabor que associo à tua partida. 

10 anos a saber que o meiinho da torrada sabe a um Amor Maior, como tu me ensinaste. 10 anos a dar passos e a olhar para o céu. 10 anos a aprender que a dor e a saudade se sentem no corpo e não nas roupas ou nas cores que o cobrem, para os outros verem. O ter-te chorado como ninguém até hoje. O saber-te sempre em mim, na mãe, no nosso menino, na A.

10 anos a sentir-te nas palavras do Ary. 10 anos de Amor sem presença, mas sempre presente. 10 anos sem ti.

Sex | 22.11.13

No outro blog

Se ele existisse, no activo, teria feito 5 anos, há dias.

Cada vez me lembro menos dele, e já nem preciso de pedir à minha mente para me imepdir de o fazer.

Deixei-o, lá, no canto, com a porta entre-aberta, para quem quiser espreitar. Afinal de contas, nunca me escondi. Lá a minha assinatura era clara, tão clara que ainda hoje há quem me chame por aquele nome - pelo qual continuo a ter carinho.

Mas foi tal e qual a história das mulheres vítimas de violência doméstica. O canto tinha deixado de ser "meu", tão meu quanto os leitores achavam. Era o instrumento do "psicopata, muito bom, lá do Deserto, jamais" para me controlar, para me manipular, para me pressionar. E quando fui deixada, derrotada no sofá, desfeita depois de horas de violência. Depois de me recompor o suficiente para sair de casa e cumprir as minhas obrigações, o meu ripostar foi apresentar a minha despedida e nunca mais voltar. Sair do ciclo que, mascarado, se tinha transformado em violência.

Lá conheci amigos que me acompanharam anos, pessoas que admiro, visitantes que escreveram uma vez e não voltaram.

Lá conheci dois dos meus ex-namorados, contos passados.

Através de lá consegui um dos melhores empregos que tive até hoje.

Lá escrevia sobre o que ninguém cá fora podia saber.

Lá consigo ver, quando por lá passo - que a boa dona de Casa nunca deixa as teias tomarem conta da divisão - quando o meu post era "verdadeiro" e quando era criado para "meter conversa".

Lá escrevi dos textos mais bonitos que nem eu imaginava, no meio da escrita que fascinava alguns, pela diferença.

Lá cheguei a ter UMA proposta publicitária, que recusei.

Mas a verdade? É que nunca tenho vontade de o abrir ao mundo de novo. 

Aquela era eu, encolhida no canto da sala, era eu, há anos.

Por tudo o que implica, o criar este blogue foi muito pensado. Aqui, sou eu, agora. 

Não me impeço de me dar com os leitores que me "tocam". Tenho medos novos e "paranoias" actualizadas. Esta sou eu, agora.

Nunca pensei ser daquelas pessoas que "fogem", que saltam de um blogue para o outro, que se redesenham, como se de repente, negassem quem são e inventassem personagens falsas. Mas acho que todos já percebemos que o motivo foi de Força Maior.

Não tenho saudades da outra plataforma. Da fama e do drama. Da obcessão pelas visitas, da "luta" para conseguir aparecer em mais blog-rolls ou ser conhecida como "x". Do desenho impessoal, do ar americanizado/corporate.

Criei este "livro" porque não vivo sem escrever. Faz-me bem, já me ajudou na salvação. Estranhei quando entrei no Sapo, com medo de não me habituar, mas agora não me imagino com outros vizinhos.

No outro blog fui criança, gatinhei, caí de cú, com nódoas-negras. Aqui sou menina-Mulher.

Sex | 22.11.13

Sabes que o teu namorado é um porreiro quando...

... estás a caminho de casa para jantar e ele, para te alegrar a noite te manda a seguinte sms:

Sabes quem foi eleito o Homem mais sexy do Mundo?

O Adam Lavaign.

Claro que o corrigi: LE-VI-NE. E depois agradeci o facto do mundo estar a ganhar bom gosto e dei-lhe um beijinho.

Aaai os olhos, a barba, os abs, as tatoos. Como ele próprio canta, se eu pudesse era Hands all over!