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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Sex | 08.11.13

Calma... não estou habituada.

Ora cá estamos nós. É 6ª feira.

Manhã fria, manhã calma. Tenho medo que seja quase calma a/de-mais.

Não tenho gostado do que tenho sentido à minha volta... expectativas destruídas, relações findadas, pessoas tristes e cansadas e desanimadas. O "pior" de tudo? É que previ muitas das stuações, senti-as antes de acontecerem, como sempre. Mas como entretanto aprendi que não posso impedir a vida de acontecer aos outros... Agora tenho que viver e partilhar e apoiar as suas tristezas.

Esperei todo o mês por hoje e cá estamos. Estou contente, em 9 horas estou no abraço que pedi, que o menino-Rapaz (me) adivinhou. Para um fim-de-semana na "nossa casa de lá". Com direito a jantar romântico (e vivam os vouchers!) e a ver os amigos e a passear se o tempo estiver bom. Hoje pela manhã, já começaram as surpresas, mudança de planos para a ceia, mais minutinhos para nós os dois, algo mais caseiro - nota-se muito que sou uma rapariga caseira?

Ontem consegui, finalmente conversar com a minha Cristina. Ai vida corrida que não nos deixas falar e me fazes sentir só parte da engrenagem. Como sempre falei mais eu do que ela, a correr contra as horas e a desafiar a mãe dela... Falei, contei-lhe tudo... ouvi dela o mesmo amor, a crença sempre maior em mim (ela, sempre ela faz-me acreditar em mim), o rir e o "rosnar" às nossas coisas. Fiquei mais leve, tão mais leve que aproveitei a nova Rommie já ter ido de fim-de-semana e limpei e arrumei a casa em menos de duas horas. Depois dediquei-me à beleza e a um bom banho para adormecer.

Resultado: hoje chegou e estou cansada. Dormi pouco, com frio. Estou a arrastar o dia para chegar à hora que eu quero, já de livro e MP4 na carteira e mala prontinha, com direito a presente para ele.

Sinto-me mais calma, mais centrada em quem está á minha volta. Todos os dias penso em mais uma maneira de ajudar os outros - especialmente agora, que vejo tanta tristeza, só desejo aquecer corações, fazer companhia, não deixar ninguém sozinho.

O problema? É que não estou habituada a sentir-me calma. Sinto-me uma pessoa à espera de "algo", abrigada numa paragem de autocarro, a ver se me salvo da chuva que cai tocada a vento, da tempestade.