Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Para não pensarem que vivo um conta de fadas daqueles hiper-mega-rifixes todos cor-de-rosinha, aviso a navegação que o menino-Rapaz também sabe meter a pata na poça.
E ontem, mesmo a acabar o dia - que estava a correr tão bem! - fez asneira. Daquelas big time. Apercebeu-se disso 5 segundos depois - que os cérebros dos Inginheiros às vezes parece que empancam... começou imediatamente a tentar compensar. Eu sei. Sms do nada. Resposta a tudo o que eu dizia. Planos para os próximos tempos e até lista de prendas para os quadrixanos. 2 telefonemas atendidos ao 2º toque. Frases bonitas pelo meio e carinho pelo que temos. Encorajar-me e valorizar-me porque tem noção que o que fez foi, inconcientemente, um diminuir do esforço da nossa relação.
Não tivesse ele metido a pata na poça.
Eu vejo isto tudo, mas não sou rapariga para conseguir kiss, make up and forget. Desde o telefonema de ontem à noite que tento mostrar que já não estou "zangada", só sentida, mas que houve momentos de silêncio, o que só acontece entre nós quando eu estou sentida e ele triste porque "falhou".
Ele meteu a pata na poça. Eu estou triste. E ansiosa por 6ª feira, para provar o abraço dele a ver se me sinto mais segura, se me "sabe ao mesmo".
A minha vida é diferente. Desde o 1º segundo em que respirei o oxigénio que nos mantém vivos. Lutei contra os perconceitos e sobrevivi.
Fruto do Amor da minha família, até entrar para a escola não senti a diferença que me marca desde então.
Sou olhada de forma diferente, com curiosidade, ideias preconcebidas, carinho ou mesmo admiração, pelos outros. Os outros, os ditos normais.
Dizia uma das séries do meu coração "What's so great about normal?"
Eu só sei que até aos meus 23 anos só desejava ser normal, odiava a palavra diferente. Rosnava-lhe, achava-a uma palavra menor. Porque me fazia sentir menor.
Entretanto cresci, com a vida, a tal que me quis fugir no 1º fôlego. Aprendi que as palavras têm nuances e "dependem" de quem as diz. Adoro ouvir a minha Cristina dizer com orgulho que somos diferentes do resto do mundo. Sorri ao ouvir o menino-Rapaz e o seu grupo freaky acolher-me de braços abertos e conversar comigo sobre a minha diferença, com a maior normalidade. Sei, nos ossos, que às vezes, é melhor ser diferente - vive-se mais, luta-se mais, sente-se mais.
Hoje, no meu e-mail recebi as palavras semanais:
Abre, sobretudo, o coração. Em cada circunstância da vida, é necessário cada vez mais abrir. Abrir novas possibilidades, deixar de ficar ostensivamente fechado dentro das tuas próprias expectativas. O mundo tem muito mais para oferecer do que tu imaginas. Mas para isso, tens de abrir a tua cabeça e, principalmente, o teu coração. Abrir para aprender, para receber mais, para deixar de ficar estagnado nas coisas que já sabes e que sempre fizeste. Abre. Abre tudo. Abre-te ao mundo. Abre a tua cabeça, as tuas capacidades. Não fiques preso à mesmice com que se fazem as coisas. Mas, principalmente, abre o teu coração. Ele é o teu privilégio. Com ele irás detectar falhas, falsidades ou estrondosas oportunidades. Será o teu coração, através da tua intuição, a discernir o que é e o que não é para ti. [...]
E encontrei esta imagem no Facibuqui:
E de repente perguntei-me... Oh m-M... há quanto tempo é que não celebras a tua diferença?