Um bocadinho melhor
Se eu achava que o dia podia piorar ontem quando acabei de escrever o post? Não. Mas piorou!
Rebentou-me um pneu do carro na auto-estrada da terriola. Tive que mudar para o suplente que só dá para o remedeio. Estava tão nervosa e cansada que a 3 minutos de estacionar em casa dei um "toque" no carro que ia à minha frente. O carro da Senhora ficou óptimo, o meu amolgou "um bocadinho" a frente.
Estive até às 21 horas para confirmar se conseguia ver o meu menino-Rapaz. Mal jantei. Não dei atenção aos gatos.
Lido muito bem com a minha doença neurológica, muita gente a tem, mas vi a consulta de ontem como um passo atrás, um sinal de que o cérebro pode vir a vencer a vontade e o corpo. A ideia de ter de duplicar a dose nocturna está-me a mexer com a capacidade de lidar com isto. Não tenho vergonha de tomar os comprimidos em público, sou carinhosamente tratada como a "reformada" do grupo. Mas quando comecei o tratamento há 7 anos com 500mg, não pensei 7 anos depois, estar a chegar aos 1500mg. O médico diz que é normal, que vou a meio da dosagem aceite para um adulto, que tenho sorte porque estou nos 15% que conseguem regularizar a doença. Mas eu estou chateada, triste.
Passando à frente: o dia melhorou às 22h. Quando cheguei e ele estava à minha espera cá fora. Sorridente, bem-cheiroso, preocupado. Perguntou logo pelo carro, deu-me nas orelhas porque ando "aventureira demais na estrada" e porque não "era assim quando começamos a namorar" (acreditem que aqui tive que controlar-me para não gargalhar). Perguntou-me pela consulta com o médico, mostrou-se calmo com as mudanças (preocupado-ó-calmo), planeamos o próximo fim-de-semana "romântico do mês - na casa de "Férias", no quarto novo, com o nosso Simba e o nosso tempo. Começamos a planear o "rebélhoum". Falamos sobre o dia, sobre os amigos em comum, sorrimos, demos muitos abraços, alguns beijinhos, dissemos "cheiras tão bem", "és a minha coisia mas boa e doce", "sabe a diferente quando nos encontramos assim, sem contar". Comigo deitada no colo dele e ele abraçado a mim, como nas noites idas de Agosto de 2012, quando nos conhecemos.
E hoje há mais - com sorte ele pede o carro emprestado e vem ele ter comigo a casa. [Tudo a fazer figas!]
Ou seja, o dia acabou... um bocadinho melhor.