Voltei, voltei!
De lá...
6ª feira foi uma dia de mixed emotions. Correr pela cidade de Lisboa, para me mostrar ao mundo do emprego, como quem até conhece a cidade e sem medo dos fantasmas do passado. Estudar em cada bocadinho disponível, falar com amigos, sentir a esperança na voz deles. Mas ao final do dia, já na companhia do meu menino-Rapaz, numa Lisboa que entardecia linda, começaram as más notícias: uma nota baixa final e mais um telefonema de "és uma menina muito simpática, gostamos muito de ti, ficamos muito indecisos, mas escolhemos outra pessoa".
Sim, daquela empresa daqui no Porto, que eu tinha tanta fé. Tive que colocar a voz, fingir desprendimento e fingir que estava bem. Pelo bem do fim-de-semana que estava a começar. Ouvi a voz da responsável, percebi que estava triste e que simpatizou comigo o suficiente para lhe custar fazer aquele telefonema... Mas eu, eu é que me sinto cada dia menor e mais descartável.
Seguimos os 2 abraçados, de mão dada para casa. Para os nossos quadrixanos, para os miminhos, para o apresentar aos meus pais, para dias de Sol e calor e jantar romântico (e finalmente um telefonema da minha Cristina!) e passeios no parque e falar na hipótese que se pode ter aberto, especialmente na 2ª entrevista. Falar no meu aniversário e na prenda que ele está a imaginar para mim. Falar no nosso 1º aniversário de namoro. Apoiarmo-nos cada um, à nossa maneira, nos sentimentos mais dolorosos um do outro. Acabei a noite, com a minha S., no nosso spot de todos os anos a ver o fogo de artifício e a conversar muito.
Deitei-me com a sensação de cama "vazia", de dias sem interesse. Desmotivada para estudar para o exame que falta. Desmotivada para mais uma entrevista que vou ter esta semana. Com uma mensagem de bom dia do menino-Rapaz, todo bem disposto a dizer que o trato tão bem, que o vou deixar mal habituado.
Voltei, voltei... para a sensação de cansaço, de esforço não reconhecido, de estudar sem vontade. Voltei, sem querer ter voltado.